CPI das Pirâmides: Ronaldinho diz que empresa de criptomoedas usou seu nome e imagem indevidamente
Após faltar duas vezes às convocações da CPI das Pirâmides, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho compareceu à sessão da comissão nesta quinta-feira. O antigo craque da Seleção Brasileira foi chamado por sua ligação com uma empresa que prometia retornos financeiros após investimentos em criptomoedas.
Em suas considerações iniciais, o ex-jogador afirmou que não era sócio da empresa 18K Ronaldinho. Segundo ele, seu nome foi usado indevidamente. De acordo com Ronaldinho, ele licenciou sua imagem para fazer propaganda para a venda de relógios para outra empresa, a 18K Watches.
— Usaram indevidamente meu nome para criar a razão social dessa empresa, inclusive já fui ouvido pelo MPSP e pela PCRJ na condição de testemunha. Jamais participei da empresa 18k, jamais autorizei a utilização do nome e imagem por tal empresa — afirmoi.
Ronaldinho e seu irmão Assis Moreira, que também é seu empresário, foram convocados a comparecer na condição de testemunha para falar sobre a “18K Ronaldinho”, empresa que foi apontada como uma pirâmide financeira pelo Ministério Público Federal.
O ex-jogador alega que teve a imagem usada indevidamente. Assis esteve na CPI na semana passada, mas evitou responder a maior das perguntas e disse que ele e o irmão não têm relação com a empresa investigada.
De acordo com Ronaldinho, após participar das propagandas, seu irmão, Assis, soube que os sócios da empresa estavam utilizando a empresa para promover outros produtos, no caso, investimentos em moedas digitais.
— O meu irmão ficou sabendo que tal empresa estaria trabalhando com a compra e venda de moedas digitais, bitcoins. Nunca foi autorizado que a empresa 18k Ronaldinho utilizasse meu nome e a minha imagem. Nunca foi autorizado que a empresa utilizasse meu apelido. Fui vítima dos senhores Marcelo e Rhafael (sócios da 18K) que utilizaram o meu nome indevidamente. Utilizaram minha imagem captada para a promoção da linha de relógios indevidamente.