Seis parques do Rio vão ser administrados por empresas privadas, mas entradas continuarão sendo gratuitas
A Prefeitura do Rio vai dar a concessão de seis parques públicos para empresas da iniciativa privada. A intenção é que a empresa vencedora fique responsável pela limpeza, segurança e manutenção dos espaços, diminuindo o custo de manutenção desses espaços de convivência para os cofres públicos.
A entrada dos visitantes aos parques continuará sendo gratuita. Segundo Eduardo Cavaliere, secretário municipal da Casa Civil, o perfil dos parques deverá ser mantido. Isso significa que se há uma área verde explorada pela população ou se o espaço recebe atividades de esporte, música e lazer, isso tudo tem que ser preservado pelas empresas.
“Se tem uma premissa nesse processo é de que os parques vão continuar gratuitos, continuam públicos, abertos para a população. Então, para quem frequenta o Parque Madureira ou qualquer outro parque da cidade, saiba que a vida continua normalmente.”, assegura o secretário.
Confira os parques que estão incluídos na concessão:
- Parque de Madureira (Madureira, na Zona Norte)
- Parque Garota de Ipanema (Arpoador, na Zona Sul)
- Parque Dois Irmãos (Leblon, na Zona Sul)
- Parque Pinto Teles (Vila Valqueire, na Zona Oeste)
- Parque da Cidade (Gávea, na Zona Sul)
- Parque Orlando Leite (Cascadura, na Zona Norte)
Consulta pública
Uma consulta pública será realizada nesta quarta-feira (24), afim de que a população participe dando sugestões de como deve acontecer a licitação.
As regras às empresas privadas também serão divulgadas nesta quarta pela prefeitura, na minuta do edital, que estará aberta para consulta pública pela Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos.
“A gente tem o objetivo de buscar parceiros, concessionárias, para que possam administrar algumas dessas áreas — como restaurantes ou áreas para que possam fazer espetáculos — e viabilizar a manutenção e mais segurança. É importante que a gente tenha como viabilizar condições para esses parques que já existem enquanto a gente amplia essa infraestrutura para a população, especialmente nas áreas que mais precisam.”, detalha Eduardo Cavaliere.
De acordo com o professor de Turismo da Uerj Vitor de Pieri, existem cuidados importantes durante o processo de concessão que devem ser alinhados com cautela.
“É necessário que a empresa, a concessionária, invista no parque como um todo, inclusive em locais pouco aproveitados. Manejo ambiental, manutenção, preservação de patrimônio material também devem ser considerados e são temas que demandam investimento alto. Então, é muito importante que a concessão tenha o acompanhamento constante do poder público e, se possível, a participação de empresas familiares de microempreendedores individuais, de cooperativas no fornecimento de serviços necessários ao dia a dia do equipamento.”