Rio de Janeiro tem a primeira mulher no comando da Defensoria Pública-Geral em 68 anos

Tomou posse, nesta terça-feira (10), a nova defensora pública-geral do Rio de Janeiro. Patrícia Cardoso Maciel Tavares, nomeada pelo governador Cláudio Castro em 16 de dezembro, ficará à frente da instituição no biênio 2023-2024 e será a primeira mulher a ocupar a chefia institucional da Defensoria do Rio em seus 68 anos de história.

A nova defensora foi a primeira colocada em eleição interna realizada em novembro do ano passado, com 55,4% dos votos. Em sua gestão, a nova dirigente pretende dar continuidade às políticas atuais, ligadas às pautas sociais, que vêm sendo implementadas na DPRJ nos últimos anos. Além disso, em seu biênio, quer destacar a defesa ao direito das mulheres como ponto fundamental das diretrizes de sua liderança.Em seu discurso, Patrícia reafirmou o compromisso com uma gestão responsável, focada no desenvolvimento interno, nas pautas sobre direitos da mulher e no reforço das parceriais institucionais.

“Somos uma grande agência nacional da promoção da cidadania. É com muita honra, coragem, altivez e propósito institucional, que assumo este cargo. Quero estruturar cada vez mais nossa pauta de direitos da mulher. Cada minuto da minha gestão será transformadora sob a perspectiva de gênero, dentro e fora da instituição. A gente tem potencial para mudar ainda mais. Com transparência, independência e equilíbrio podemos fazer história e transformar vidas”, afirmou a nova defensora.

Ainda em sua fala, Patrícia reforçou a importância de ter uma mulher no comando da instituição e como isso contribui para a questão da participação feminina nos sistemas de poder. “

“É de suma importância que saibamos que não se trata somente de levar uma representante do sexo feminino ao comando da Instituição. É necessário e urgente que os debates a respeito do papel da mulher dentro dos sistemas de poder, hoje predominantemente masculinos, sejam trazidos para o dia a dia de uma carreira predominantemente feminina e que conta, portanto, com maior parte de seu quadro formado por defensoras, servidoras, residentes e estagiárias”, conclui Cardoso.A sessão solene de transmissão do cargo foi realizada na sede administrativa da Defensoria, localizada no Centro do Rio. Estiveram presentes o vice-governador Thiago Pampolha, que representou o governador Cláudio Castro, o procurador-geral de justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, o conselheiro vice-presidente, do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Márcio Pacheco, a corregedora-geral da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Kátia Varela Mello; o procurador-geral do estado, Bruno Dubeux, o defensor público-geral do Estado do Rio de Janeiro, que deixou o cargo, Rodrigo Pacheco, entre outras autoridades.

“A representatividade feminina neste cargo é algo muito emblemático. A promoção de direitos humanos exige proatividade, firmeza e sensibilidade acima de tudo, o que estou certo de que não vão lhe faltar na condução das ações desta casa. Estou motivado e muito orgulhoso, sempre à disposição para seguirmos juntos com toda a estrutura do Estado na árdua e difícil, mas sublime missão de levar dignidade e cidadania, principalmente para a população mais vulnerável”, disse Pampolha. O vice-governador foi estagiário de Patrícia.

Patrícia é defensora pública desde 1994. Graduada em Direito pela Universidade Gama Filho, foi professora e coordenadora de disciplina do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá entre 1998 e 2010. É titular do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) desde 2011, tendo sido subcoordenadora de Superendividamento em 2013 e coordenadora de 2015 a 2020.

Desde outubro de 2020, exerce a função de coordenadora Cível da Defensoria Pública do Estado do Rio, sendo responsável por toda a assessoria institucional em matéria cível, com foco na atuação estratégica, criando projetos e dinâmicas para o aperfeiçoamento da atuação dos defensores públicos.

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