Investigado por atos antidemocráticos, Zé Trovão se reúne com ministro de Lula no Planalto: ‘Tentando mostrar diplomacia’

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, esteve nesta terça-feira no Palácio do Planalto para uma reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O parlamentar é investigado no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos que corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Ao final do encontro, Zé Trovão afirmou que a agenda era uma tentativa de “mostrar uma diplomacia” e “respeito entre os poderes”.

— Estamos tentando mostrar uma diplomacia, ter respeito entre os poderes, fazer com que a gente consiga trabalhar. Era essa a intenção de falar com o ministro Padilha.

A reunião foi registrada na agenda do ministro Alexandre Padilha como “café da manhã com as Bancadas da Região Sul e Centro-Oeste”. Zé Trovão chegou ao Palácio do Planalto perto das 9h30 e permaneceu no local até 11h30.

Zé Trovão foi preso em 2021 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, sob acusação de ter sido um dos idealizadores de manifestações de teor golpista ocorridas no Sete de Setembro daquele ano. Antes de ser preso, o caminhoneiro ficou foragido por mais de um mês no México, quando se entregou à Polícia Federal de Joinville (SC) em 3 de setembro.

Como o GLOBO mostrou na época, durante o seu período foragido fora do país, o líder bolsonarista passou por 12 hotéis, chegou no país pela paradisíaca Cancún e visitou as pirâmides de Teotihuacan, presenciou um terremoto e se manteve com ajuda de “doações”.

Em dezembro de 2021, após cerca de dois meses atrás das grades, Zé Trovão deixou a cadeia e ficou um período em prisão domiciliar. Em fevereiro do ano passado, o ministro Alexandre de Moraes revogou a determinação, mas impôs o uso de tornozeleira eletrônica, usada pelo parlamentar até hoje.

Durante a campanha para deputado federal, Zé Trovão estava impedido de usar as redes sociais. A restrição foi imposta por Moraes depois que o bolsonarista deixou a cadeia. Ele disputou as eleições por não ter condenações judiciais.

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