Prefeitura Rio lança a Política Municipal das Cooperativas e Associações de Catadores

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a secretária de Ambiente e Clima, Tainá de Paula, lançaram, nesta quarta-feira (28/6), a Política Municipal das Cooperativas e Associações de Catadores do Rio, no Palácio da Cidade, em Botafogo. O projeto será um espaço formal para a categoria dialogar com a Prefeitura e planejar políticas públicas, com foco no debate da coleta seletiva.

– Que bom que vocês estão aqui. Os catadores cumprem um papel fundamental na questão ambiental. As Guardiãs das Matas têm esse papel também. A gente está colocando, mobilizando a população para tratar daquilo que importa para a cidade – afirmou Eduardo Paes.

Estes encontros servirão para gerar demandas a partir dos debates sobre o tema e também para discutir a institucionalização do fórum de discussões. O objetivo é que sejam realizados, pelo menos, três encontros para fomentar os debates.

– Hoje nós damos um passo fundamental para a reconstrução da política municipal dos catadores. Sabemos que estamos num contexto de crise climática, ambiental, em que a Lei Nacional de Resíduos Sólidos está em revisão, então temos um desafio de aumentar a reciclagem, a coleta seletiva. E os agentes da saúde da limpeza ambiental, como eu gosto de chamar os catadores, são fundamentais.

Construir uma nova legislação municipal, com eles, num fórum amplo, democrático, com outras secretarias, é um passo importante. Além disso, teremos um edital, com recursos para a reconstrução dos instrumentos, EPIs, na estrutura física de diversas cooperativas.

Infelizmente ainda temos um racismo muito grande em relação aos trabalhadores que estão cotidianamente nas ruas. Garis, catadores, ambulantes sofrem muito preconceito. A Prefeitura construindo uma política continuada, empodera os catadores e mostra a importância dessas pessoas na saúde de todo carioca – disse Tainá de Paula.

O projeto será oficializado, com sua própria metodologia e terá garantido, no mínimo, um evento por ano, com representantes da Prefeitura, das cooperativas e dos catadores. A institucionalização permitirá que cobranças sejam feitas em qualquer circunstância, mesmo em governos que sejam contrários.

– Eu acredito que, com esse projeto, nós possamos ser enxergados. Esse projeto é importante por isso, para sermos enxergados como nós merecemos, como os verdadeiros despoluidores do meio ambiente – declarou Sarita Fernandes, que trabalha há 16 anos numa cooperativa.

Um dos objetivos é pensar políticas públicas, com foco no debate da coleta seletiva a ser realizada por cooperativas e catadores.

– Os catadores potencializam a coleta seletiva na cidade. Eles ajudam, e muito, na segregação, na separação do resíduo ainda na fonte, o que facilita muito o nosso trabalho. Isso é uma fonte de renda importante para eles, mas também facilita o nosso trabalho na separação do resíduo no destino final – disse o presidente da Comlurb, Flávio Lopes.

Educação ambiental

A política municipal vai valorizar a categoria observando os catadores de recicláveis como agentes ambientais, estimulando a consciência e a educação ambiental. Por isso, o projeto também servirá de espaço para esses temas, começando pela coleta seletiva, que pode ser potencializada com debates mais profundos de educação ambiental, e os catadores têm papel central nesse projeto.

 

 

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