Madri se espelha na Arábia Saudita e pode ter corrida noturna em 2026
O novo Grande Prêmio da Espanha promete muitas mudanças para 2026. Uma delegação da cidade de Madri – confirmada em janeiro como nova sede do GP do país ibérico – esteve na Arábia Saudita e se interessou pela opção de realizar a prova durante a noite, assim como é feito em Jeddah. A capital espanhola está confirmada no calendário da Fórmula 1 até 2035.
Segundo o jornal Marca, da Espanha, a delegação do novo Grande Prêmio esteve em Jeddah na segunda corrida da temporada, vencida por Max Verstappen. A combinação da noite com luzes, drones e canhões leves encantou a comitiva, que pode ter a primeira corrida noturna da Europa em Madri.
Com a chegada da capital espanhola no calendário da Fórmula 1, o circuito de Barcelona-Catalunha, que integra o calendário da elite desde 1991 e é a atual casa do Grande Prêmio da Espanha, tem futuro indefinido.
A pista urbana será nos arredores do centro de convenções IFEMA, no noroeste da cidade e a 5km do aeroporto Madrid-Barajas. O circuito de 5,474 km terá 20 curvas e um tempo projetado de volta de classificação de 1m32s4, com uma mistura de curvas de baixa, média e alta velocidade – resultado final, segundo a F1, de “muitos modelos de circuito” desde que as conversas entre as partes começaram. O projeto ainda está sujeito à homologação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
A pista vai passar por vias públicas, mas também por propriedades privadas, criando um modelo similar ao que já é visto atualmente no GP de Miami. O circuito nos Estados Unidos foi montado ao redor do Hard Rock Stadium, casa do Miami Dolphins (NFL), mas também usa trechos urbanos.
A F1 projeta receber mais de 110 mil torcedores por dia de evento, com planos de expandir a capacidade do GP para 140 mil pessoas ainda na primeira metade do contrato de Madri. Segundo a organização, 90% do público poderá chegar à pista por meio de transporte público.
A cidade de Madri já recebeu nove GPs de F1 entre 1968 e 1981, no circuito de Jarama. Em 1980, a corrida não valeu pontos para o campeonato em meio à disputa política entre a Federação Internacional de Automobilismo Esportivo (Fisa) e a Associação dos Construtores de Fórmula 1 (Foca).
A F1 destaca que o IFEMA Madri compartilha a visão sustentável de fazer do “GP da Espanha um dos eventos de F1 mais sustentáveis da temporada”. A categoria mira tornar-se carbono zero até 2030; em 2026, na instauração de um novo regulamento de motores, os combustíveis serão 100% sustentáveis.
