Primeiro encontro ‘Mulheres ao Mar’ reúne lideranças femininas do entorno da Baía de Guanabara

Evento, que ocorrerá na sede do Quilombo do Feital, em Magé, tem vagas limitadas

Mulheres que vivem e atuam no recôncavo da Baía de Guanabara vivenciarão um dia de muita troca, acolhimento e fortalecimento durante o primeiro ‘Encontro Mulheres ao Mar’. Promovida pelo Projeto Do Mangue ao Mar  iniciativa da ONG Guardiões do Mar, em convênio com a Transpetro, a atividade será realizada no dia 4 de maio, das 8h às 16h, no Quilombo do Feital, em Magé. A ação é voltada para lideranças quilombolas, pescadoras, agricultoras e artesãs. No entanto, demais mulheres que residem no território também poderão participar por meio de inscrições limitadas.

A programação contará com a roda de conversas ‘Mulheres no Território’, que tratará dos impasses no crescimento das lideranças femininas na região e de como as vozes femininas podem ecoar através das gerações. Além disso, ocorrerá uma sessão de arteterapia e será ministrada a palestra A felicidade no despertar das construções e possibilidades do feminino nos territórios das mulheres quilombolas, pescadoras, agricultoras, artesãs – Mulheres do Recôncavo da Guanabara’, com a psicóloga comportamental e ativista Rossane Planz.

O nosso objetivo é colaborar para o fortalecimento da saúde mental e emocional dessas mulheres, para que elas possam sair deste encontro revigoradas, e possam ir para um lugar social com menos medo e maior autoestima”, explica a psicóloga Rossane Planz.

Acreditamos que nós, mulheres, precisamos muito deste momento, deste espaço, desta acolhida. Estamos sempre à frente de muitas coisas, lutando pelos nossos direitos e precisamos estar fortalecidas, necessitando, para isso, também de carinho, cuidado, de uma escuta atenta. Este encontro contribuirá ainda para que possamos enxergar melhor o quanto somos potentes”, destaca a presidente da Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo do Feital, Valdirene Couto.

Protagonismo feminino

O recôncavo da Baía de Guanabara é palco e lar de uma grande quantidade de comunidades classificadas como povos tradicionais. Na dinâmica diária de retirar o sustento familiar, de forma sustentável, diretamente do ecossistema adjacente, o papel da mulher se destaca de forma ainda mais explícito do que em outras atividades laborais do mundo corporativo. Essas mulheres trazem consigo uma gama de informações que só são adquiridas junto aos seus semelhantes, via vivência cotidiana, e pela transmissão entre gerações. Além disso, esses saberes são construídos na experimentação constante em meio às intempéries próprias da natureza, já que essas atividades compreendem a agricultura familiar (estações do ano, sol, chuva), catação do caranguejo-uçá (marés, lua, sol, chuva) e pesca artesanal (marés, lua, chuva sol).

Propomos, em cocriação, por meio desta atividade, uma reflexão para as diversas mulheres que vivem no recôncavo da Baía de Guanabara: mulheres que vivem no mangue e do mangue — e, ainda, da agricultura familiar e do artesanato — nesse pedacinho da Guanabara quase invisível para a sociedade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O objetivo desta ação é trazer à tona o protagonismo dessas mulheres, para que, juntas, elas identifiquem suas potencialidades e reflitam sobre a importância de suas participações na construção de uma sociedade ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável”, conta o presidente da ONG Guardiões do Mar e coordenador do projeto Do Mangue ao Mar, Pedro Belga.

As mulheres, maiores de 18 anos, residentes na área do recôncavo da Guanabara, interessadas em participar do encontro, podem se inscrever por meio do link: bit.ly/MulheresMar ou pelas redes sociais do Projeto Do @mangueaomarAs vagas são limitadas.

Confira a programação:

 

4 de maio, das 8h às 16h

08h – 09h – Café da manhã e recepção
09h-10h: Roda de Conversa “Mulheres no Território” – Impasses no crescimento das lideranças femininas no Território, como as vozes femininas podem ecoar através das gerações;
10h – 12h: Arteterapia com as convidadas;
12h-13h30: Almoço;
13h30h-15h: Palestra: A Felicidade No Despertar Das Construções E Possibilidades Do Feminino Nos Territórios Das Mulheres Quilombolas, Pescadoras, Agricultoras, Artesãs – Mulheres do Recôncavo da Guanabara. Palestrante: Rossane Planz – ativista, feminista, mãe solo, voluntária em coletivo de mulheres e psicóloga comportamental.
16h: Encerramento

 

Sobre o Projeto Do Mangue ao Mar

O Projeto Do Mangue ao Mar — realizado pela ONG Guardiões do Mar, em convênio com a Transpetro — une ambientalistas, lideranças e juventude de comunidades tradicionais (pescadores artesanais, caiçaras, catadores de caranguejo, indígenas e quilombolas) para fomentar o protagonismo dos povos do mar. Juntos, eles buscam soluções para os problemas socioambientais diagnosticados, incentivam o turismo de base comunitária com a valorização da cultura local, além de realizarem formações continuadas, atividades de educação ambiental crítica, pesquisas e eventos no entorno das Baías de Guanabara e Sepetiba.

Atuando com conservação de manguezais e democratização de conhecimento sobre os ambientes costeiros marinhos, o projeto oferece pagamento de serviço ambiental para catadores de caranguejo e pescadores artesanais, via transferência de renda para trabalho de limpeza nos manguezais. Eles são importantes aliados no combate a emergências climáticas, além de oferecerem serviços ecossistêmicos que fomentam a socioeconomia e sociobiodiversidade local.

Com pouco mais de ano de atuação, o Projeto é parceiro oficial no Brasil para a Década das Nações Unidas para Restauração de Ecossistemas (2021-2030), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e um dos signatários do Plastic no Thanks, movimento que trabalha para mitigar as consequências da produção, do consumo e do descarte de plásticosSe conecta, dessa forma, a outras grandes coalizões internacionais para a aprovação de um acordo juridicamente vinculativo sobre o uso de plásticos, através da Assembleia de Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas.

 

Sobre a Guardiões do Mar

A ONG Guardiões do Mar há 26 anos produz e apoia a ciência, promovendo o protagonismo juvenil e mobilizando comunidades para a conservação e/ou restauração de ecossistemas costeiros, em especial no combate ao lixo no mangue e no mar. Junte-se a nós neste movimento. Siga as redes da @guardioesmar e do @mangueaomar e apoie o futuro dos manguezais brasileiros. Eles são importantes aliados no combate a emergências climáticas, além de oferecerem serviços ecossistêmicos que fomentam a socioeconomia e sociobiodiversidade local.

Sobre a Transpetro

Operando 48 terminais (27 aquaviários e 21 terrestres), cerca de 8,5 mil quilômetros de dutos e 36 navios, a Transpetro é a maior subsidiária da Petrobras. A empresa é a maior companhia de logística multimodal de petróleo e derivados da América Latina.

A Transpetro presta serviços a distribuidoras, à indústria petroquímica e demais empresas do setor de óleo e gás. A carteira da subsidiária da Petrobras conta com mais de 180 clientes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *