Pré-Olímpico: Brasil briga, mas cai para Turquia em meio a luto por Walewska

O silêncio preencheu cada espaço do ginásio Yoyogi por trinta segundos. A homenagem organizada às pressas para lembrar Walewska, que morreu na noite de quinta-feira, transformou a partida contra a Turquia em algo menor. Ainda assim, porém, era preciso jogar. O Brasil até tentou fazer frente às rivais. Mas, no fim, não conseguiu ir além. Em 3 sets a 0, parciais 25/21, 29/27 e 25/19, perdeu a primeira na disputa do Pré-Olímpico, em Tóquio.

 

Na frieza dos números, a derrota é um novo baque. A seleção, no entanto, ainda depende apenas de si. Para ficar com uma das vagas para os Jogos de Paris, precisa vencer Bélgica e Japão na reta final do Pré-Olímpico. Invictas até aqui, as donas da casa, mais do que nunca, são as principais rivais. As japonesas, porém, ainda têm a Turquia pela frente.

Gabi disputa bola com Melissa Vargas na rede — Foto: Divulgação

Gabi disputa bola com Melissa Vargas na rede — Foto: Divulgação

O Brasil volta à quadra na madrugada deste sábado. A seleção encara a Bélgica às 4h, no horário de Brasília, com transmissão da Globo e do sportv2. No domingo, às 7h25, fecha a competição contra o Japão.

Luto em quadra

 

A seleção foi à quadra de mãos dadas. Nos braços, fitas em homenagem a Walewska. Durante os 30 segundos de silêncio e na execução do hino, jogadoras e comissão técnica tinham a dor estampada nos rostos. Aos poucos, porém, a seleção tentou mudar o foco. Mas não era assim tão simples.

A seleção lutou. Em alguns momentos, até pareceu ser possível suportar o luto a ponto de sair de quadra com um resultado melhor. No fim, porém, não conseguiu.

1° set – Brasil se mostra firme, mas sai atrás

 

No aquecimento, o abatimento de cada rosto aos poucos se transformou em foco. O luto estava ali, claro. Mas o Brasil sabia que era preciso reagir – ao menos naquele momento. A seleção começou bem. Diante de um rival tão forte e de uma dor tão intensa, o time soube se fazer firme. No ataque de Gabi, tomou a dianteira do placar em 7/6.

A Turquia, porém, era forte. Nas pancadas de Vargas e Karakurt, aos poucos passou a dominar o jogo. Zé ainda tentou recolocar o time na briga. Parou o jogo duas vezes e trocou Julia Bergmann por Pri Daroit. A diferença, que havia sido de cinco pontos, chegou a cair para três. Mas, no fim, melhor para as rivais: 25/21.

2º set – Seleção briga, mas Turquia leva a melhor

 

Rosamaria largou o braço para abrir a conta. Na sequência, Diana, com um ace, ampliou. No ataque para fora de Vargas, a seleção chegou a 3 a 0 para marcar o bom início de set. O placar chegou a 10/6 mais uma vez pelas mãos de Rosamaria. Mas a Turquia voltou à briga sem muito esperar. Melissa Vargas ficou meio corpo acima da rede para encher o braço e diminuir a diferença para 12/10. O empate veio mais à frente, em um erro de recepção em saque de Karakurt: 14/14. Zé, então, pediu tempo.

Na volta, porém, Rosamaria ficou no bloqueio turco, e a Turquia passou à frente. Na sequência, a oposta errou um novo ataque, e o placar passou a marcar 16/14. A seleção permitiu que as rivais disparassem em vantagem. O placar chegou a marcar 24/19, mas, na marra, o Brasil conseguiu evitar cada um desses set points. A virada na parcial pareceu possível, mas ficou no quase. No fim, um ataque de Vargas fechou: 29/27.

Julia Bergmann fica no bloqueio turco — Foto: Divulgação

Julia Bergmann fica no bloqueio turco — Foto: Divulgação

3° set – Brasil cai, e Turquia fecha o jogo

 

A situação não era fácil. Mas o Brasil quis tentar mais uma vez. Assim como nas parciais anteriores, chegou a ter a liderança do placar no início, em 10/9. A Turquia, no entanto, virou e abriu 13/10. Zé buscava mudar. Pri Daroit e Carol foram à quadra, mas a seleção parecia já não ter forças para continuar. A partir dali, a Turquia dominou rumo à vitória: 25/19.

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