Policial militar suspeito de ser armeiro da milícia de Zinho é alvo da PF

A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta terça-feira (4), uma operação com o objetivo de cumprir três mandados de busca e apreensão contra um policial militar lotado no 27º BPM. Segundo as investigações, o agente atua como armeiro da milícia do Zinho, que domina as regiões de Santa Cruz e Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com a PF, o militar prestaria apoio logístico, como guarda de materiais e armas para o grupo paramilitar, apontado como o maior do estado do Rio. Os mandados foram cumpridos em Santa Cruz, no 27º BPM, Campo Grande e Sepetiba.
Durante a ação, a Polícia Federal encontrou, dentro de um armário no interior do alojamento do 27º BPM, munições, capas de colete, carregadores e rádios transmissores, que não fazem parte do acervo do Batalhão.
Os objetos apreendidos foram levados pela Polícia Judiciária Militar. O responsável pelo material ainda não foi identificado. Em nota, a Polícia Militar informou que não compactua com desvios de conduta dos agentes.
A ação é um desdobramento da Operação Dinastia realizada pela corporação em agosto do ano passado, e conta com a colaboração da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e da Corregedoria da Polícia Militar.
A Operação Dinastia foi conduzida em parceria com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) e resultou na expedição de 23 mandados de prisão temporária contra suspeitos de integrar a maior milícia do Rio de Janeiro, que atualmente domina os territórios da Zona Oeste da cidade. Os investigados são acusados de praticar os crimes de organização criminosa, tráfico de armas de fogo e munições, além de extorsão e corrupção.

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