Polícia acredita que ameaças contra subprefeito da Zona Oeste partiram do miliciano Zinho

A Polícia Civil instaurou um inquérito, nesta quinta-feira (24), para apurar se ameaças à subprefeito da Zona Oeste, Diogo Borba, partiram de ordem do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o “Zinho”. A denúncia sobre a tentativa de coação praticada por bando de homens armados foi feita pelo Prefeito do Rio, Eduardo Paes, através das suas redes sociais.
De acordo com investigadores da 35ª DP (Campo Grande), as ameaças com objetivo de impedir fiscalizações por parte da prefeitura no calçadão de Campo Grande podem ter partido do líder do grupo miliciano. O delegado titular da distrital, Vilson de Almeida, informou que o subprefeito, ambulantes e outras testemunhas já foram ouvidos. Imagens de câmeras de segurança estão sendo coletadas.
A denúncia feita por Paes nas redes sociais chamou a atenção. No texto, onde relata o ocorrido, o prefeito disse já ter conhecimento da atuação de um grupo criminoso na exploração dos ambulantes. O prefeito avaliou a situação como ‘absolutamente inaceitável’ e garantiu que ela não surtiria o efeito esperado pelos seus autores.
O comércio popular do calçadão de Campo Grande vem sendo alvo de operações constantes de ordenamento por parte da Secretaria de Ordem Pública e de outras secretarias da Prefeitura do Rio. O objetivo da ação é impedir a atuação de ambulantes irregulares. A medida, contudo, estaria provocando a insatisfação e “prejuízo” ao grupo criminoso que controla os pontos dos camelôs.
“Dois carros com indivíduos fortemente armados se dirigiram à subprefeitura da Zona Oeste ameaçando o subprefeito Diogo Borba, dizendo que a operação estaria causando prejuízos para os negócios deles. Isso é absolutamente inaceitável. Só irá fortalecer a nossa disposição em combater esses falsos ambulantes que usam o problema social para auferir ganhos. É inadmissível um episódio como esse. Saibam esses delinquentes que essas ordens partem diretamente do prefeito e que ameaças a servidores da prefeitura não surtirão efeito. Muito ao contrário”, disse Paes na publicação.

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