OMS declara fim da epidemia de ebola em Uganda após 42 dias sem novos casos
A OMS (Organização Mundial da Saúde) e a ministra da Saúde de Uganda anunciaram o fim da epidemia de ebola no país africano nesta quarta (11), cerca de quatro meses após o último surto, que deixou 55 mortes.
Segundo os critérios da OMS, foi possível determinar o fim da epidemia porque não foram registrados novos casos da doença em 42 dias consecutivos, o dobro do período de incubação do vírus.
“Controlamos com êxito a epidemia de ebola”, disse a ministra Jane Ruth Aceng, em uma solenidade organizada em Mubende.
A suspeita é que o último surto tenha começado em 20 de setembro do ano passado em uma vila da cidade, cerca de 150 km a oeste da capital, Campala, a partir de uma cepa do vírus oriunda do Sudão, que não era vista desde 2012 em Uganda, segundo a OMS.
Um jovem de 24 anos apresentava febre alta, diarreia e dores abdominais, além de vomitar sangue. Depois de inicialmente ser tratado para a malária, ele foi diagnosticado com o vírus.
Embora menos transmissível do que a cepa do Zaire, a do Sudão representa uma ameaça maior, pois ainda não há vacina pronta contra ela, apenas testes com três imunizantes.
Segundo a ministra Aceng, a população de Uganda já sofreu com sete surtos de ebola, cinco deles causados pela cepa sudanesa, cuja origem, diz ela, ainda é desconhecida.
“Parabenizamos Uganda por sua sólida e exaustiva resposta que garantiu a vitória de hoje contra o ebola”, disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
O vírus, que já tem seis cepas diferentes registradas, é transmitido a partir do contato com fluidos corporais como saliva, leite materno, sangue, fezes, urina ou sêmen de quem está infectado.
A partir do contágio, os sintomas mais comuns como febre, vômito, hemorragia e diarreia aparecem após o período de incubação do vírus, que dura de 2 a 21 dias no organismo.