Marcius Melhem ameaça expor Dani Calabresa para provar sua inocência

O humorista Marcius Melhem ameaça expor Dani Calabresa e o grupo de atrizes que o acusam de assédio de todas as formas possíveis até provar sua inocência. Em entrevista à Folha, ele diz que sua arena não será apenas a Justiça, mas as redes sociais e a imprensa, na esperança de que mensagens, vídeos e áudios de cunho sexual que trocava com as mulheres convença o público de que as relações eram consensuais.

Em seu arsenal, há imagens de duas atrizes fazendo massagem em seu peito. A ofensiva é uma resposta direta às entrevistas que as atrizes deram nos últimos meses para, em suas palavras, moldar a opinião pública, indo até a Brasília para conversar com a primeira-dama, Janja, e a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, que ele diz acreditar terem sido enganadas.

“Eu fui exposto, humilhado, tive a minha vida destruída, minhas filhas sofrem bullying, choram e estão na psicóloga até hoje por causa disso.”

Ex-diretor do núcleo de humor da TV Globo, Melhem diz que as atrizes só o acusaram de assédio por não terem conseguido trocas de favores. Ele diz que errou ao trair sua ex-mulher e não impor barreiras de intimidade no trabalho, mas argumenta que isso não faz dele um criminoso porque havia consentimento.

Os advogados das acusadoras enviaram uma nota à reportagem com a condição de que o texto fosse publicado na íntegra.

“O caso Marcius Melhem reúne quase duas dezenas de pessoas, homens e mulheres, entre vítimas e testemunhas, e será um grande exemplo da resposta que a Justiça pode dar à sociedade em casos de assédio sexual. As tentativas de intimidação e silenciamento por parte de Melhem são recorrentes”, diz a nota.

“Novamente, a postura dele reflete rigorosamente quem ele é e como age. Com extrema ousadia, ele tenta questionar que as mulheres se reúnam para debater uma pauta nacional extremamente relevante: a necessidade urgente de um novo marco normativo para o enfrentamento do assédio sexual no trabalho. Ele confunde pressão política com exercício de cidadania por parte das mulheres.”

O senhor chama as acusadoras e as testemunhas de ‘mitômanas’. Não pode soar ofensivo? Sempre que for atacado publicamente, me defenderei publicamente. Se sou contundente é porque é revoltante o que estou passando. Como procuro me comunicar da maneira mais verdadeira possível, podem escapar expressões ou adjetivos, mas é o que estou sentindo.

Mas era necessária a revelação de mensagens de cunho sexual? Para me defender, vou usar tudo que tenho de prova. Se essas provas expõem pessoas, não posso fazer nada, ainda mais quando essas pessoas é que vão se expor.

A revelação de mensagens que provavelmente estejam dentro do processo, que é protegido por sigilo, não pode ser considerado uma afronta ou sinal de desconfiança em relação à Justiça? Não. Confio no Judiciário, tanto que foi eu que procurei o Judiciário e não vou a Brasília de gabinete em gabinete. Uma coisa é vazar os autos do processo. Outra são mensagens trocadas entre mim e essas pessoas que tenho que mostrar para me defender. Isso é contemplado pela lei.

Em São Paulo, consegui que a Justiça reconhecesse meu direito de ter mostrado mensagens de Dani. Ela, através da sua advogada, e depois ela mesma, falaram de mim publicamente. Me acusam publicamente, me defendo publicamente. Vai ser assim até o fim. Não vou abrir mão de minha defesa.

Como o senhor reage à afirmação da Dani Calabresa de que a revelação das mensagens é uma tentativa de intimidação das vítimas? Dani Calabresa tem muito a temer pelas mensagens. Entendo que ela fique desconfortável. Por mim, ela mostra as dela, eu mostro as minhas, e a sociedade julga. Não só mensagens. Estou falando de outras evidências e provas de que elas mentem.

Por que ela tem medo? Quando ela diz que tomei o celular da mão dela para ver os nudes dela, e eu mostro uma mensagem que ela diz “mostrei sem você pedir”, desconstrói a versão [dela].

O senhor se diz alvo de uma farsa. A troco de quê? Este pequeno grupo, com suas motivações pessoais, se juntou para me tirar do caminho e terem seus ganhos pessoais ali. Cada uma com sua motivação. Uma é profissional. A outra é passional. A outra é vingança mesmo.

O senhor diz que elas tiveram seus interesses contrariados. É sempre a que não conseguiu ir para o programa que queria, a que queria ter um relacionamento comigo e não teve. Todas elas. Parece muito, mas são sete. Esta é uma coisa que deveria ser investigada, aliás. Por que uma pessoa saiu?

Não foi exatamente a que disse que não sabia se estava na condição de testemunha ou acusadora? Não. Esta continua. Essa é a Débora Lamm, que não sabia se era vítima ou testemunha. Ela entrou para fazer número. Aliás, elas fazem números. Se for pegar as notas deles, eram 13, 12, mais de uma dezena. Nunca foram. Sempre foram oito. Agora, são sete.

E no caso de outra mulher que desistiu da acusação, Suzana Pires. O que que aconteceu? Suzana que tem que responder, mas claramente ela não tinha nenhuma acusação de assédio sexual contra mim. O que saiu na imprensa é que ela se sentiu enganada. Achou que era testemunha e estava arrolada como vítima para fazer número. É um escândalo.

 

 

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