Dada como morta pela Jihad Islâmica, refém de 77 anos é uma das libertadas após acordo entre Israel e Hamas

Uma das 13 reféns libertadas nesta sexta-feira, a israelense Hanna Katzir, de 77 anos, havia sido dada como morta pela Jihad Islâmica. O anúncio da suposta morte foi divulgado pelo próprio grupo extremista esta semana, poucos dias antes de Israel e o Hamas terem chegado a um acordo de cessar-fogo temporário. A idosa e o filho adulto, Elad, haviam sido capturados durante o ataque surpresa de 7 de outubro, estopim para o início da guerra.

Na manhã de sábado, 7 de outubro, Hanna Katzir estava em casa no kibutz Nir Oz, com o marido, Avraham Rami Katzir, quando terroristas atacaram a comunidade. Ela foi levada como refém, junto com o filho, que tem 47 anos. Rami foi morto.

Enquanto Hanna já está em solo israelense, após 50 dias sob domínio do grupo terrorista, Elad, entretanto, permanece sob domínio do grupo terrorista. Em anúncio feito na noite de terça-feira por meio de um canal no Telegram, a Jihad Islâmica disse que tinha “feito de tudo” para cuidar da idosa e dos companheiros reféns, mas que ela não resistira.

“Anteriormente, tínhamos expressado a nossa vontade de libertá-la por razões humanitárias, mas o inimigo adiou (o acordo) e isso a levou à morte”, disseram as Brigadas al-Quds, braço militar do Hamas, em seu canal Telegram segundo o jornal The Jerusalem Post.

Ainda no início do mês, o grupo extremista divulgou um vídeo de Hanna, de cadeira de rodas, no qual ela afirmava estar com saudades dos parentes. Dizia também que tinha esperança de que poderia vê-los já na semana seguinte, em um momento que nem sequer havia perspectiva de quando um acordo pudesse ser fechado.

Na gravação, a idosa ainda acusava o premier israelense, Benjamin Netanyahu, de ser o responsável pela guerra.

— Netanyahu quebra tudo que é bom, machuca as pessoas, as insulta, e é por isso que as crianças estão morrendo — afirma, falando em hebraico.

Antes da divulgação do vídeo, um representante da Jihad Islâmica disse que poderia libertar dois reféns “por razões médicas e humanitárias”, mas que isso apenas aconteceria se as condições do terreno permitissem. Ao comentar as imagens, o porta-voz das Forças Armadas israelenses, Richard Hecht, disse que o grupo tentava fazer “terrorismo psicológico” às custas dos reféns.

Netanyahu, à época, se encontrou com famílias de alguns dos israelenses sequestrados e afirmou, em comunicado, “não ter esquecido” das pessoas que foram levadas para Gaza. O premier disse ainda que estava fazendo tudo por sua libertação e que missão estava em primeiro plano.

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