Na Câmara dos Deputados, Firjan alerta que Rio perde transporte de cargas para outros estados devido ao esvaziamento do Galeão

 

Presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da federação, Mauro Viegas Filho pede celeridade na solução de operação dos dois terminais e destaca prejuízos de R$ 4,5 bilhões para o estado

O presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Mauro Viegas Filho, pediu celeridade na solução definitiva para a operação conjunta dos aeroportos Galeão e Santos Dumont. Segundo ele, conforme levantamento da federação, o PIB do estado do Rio perde R$ 4,5 bilhões por ano, devido à falta de conectividade entre voos nacionais e internacionais no terminal da Ilha do Governador.

“O Galeão tem fundamental relevância para a indústria e economia do Rio e do país. Por isso, é urgente uma rápida solução, o mais breve possível. Diversas indústrias fluminenses, que competem em nível mundial e têm no frete aéreo suma importância, estão trazendo suas mercadorias para o Rio de Janeiro por via terrestre, a partir de aeroportos de outros estados. Ou seja, não ter volume de passageiros no Galeão é não ter volume de cargas no terminal”, explicou Viegas Filho.

Ele participou da audiência pública “Funcionamento dos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim no Rio”, promovida pela Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, em Brasília. Solicitada pelos deputados Cezinha de Madureira (PSD-SP) e Bebeto (PP-RJ), o debate reuniu parlamentares federais, representantes do governo federal, do estado do Rio, da prefeitura do Rio, da Firjan e da Fecomércio-RJ. Todos foram unânimes em dizer que é necessário encontrar uma solução para o Galeão voltar a ter mais voos internacionais conectados aos destinos estaduais e, com isso, voltar a ter o número de passageiros pré-crise econômica do país.

Viegas Filho lembrou que na última sexta-feira (5/5), o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, esteve na Firjan, e afirmou que o ministério e o governo federal estudam a adequação de público no Santos Dumont. Segundo o ministro, eles aguardam uma resposta da concessionária do Galeão, Changi, se permanece ou não à frente da operação do aeroporto, para dar segmento à solução final sobre a concessão e operação conjunta entre os terminais Santos Dumont e Galeão.

Nos últimos anos, o terminal do Centro da cidade atua com sua capacidade máxima, trazendo uma série de transtornos aos usuários. Já o Galeão encontra-se ocioso tanto no número de passageiros quanto na quantidade de cargas transportadas, via as aeronaves que embarcam e desembarcam no terminal da Ilha do Governador.

Conforme a Nota Técnica da Firjan ‘Sistema Multiaeroportos do Rio de Janeiro – Coordenação aeroportuária e seus benefícios socioeconômicos’, a operação conjunta entre os dois terminais aeroportuários da cidade do Rio pode injetar R$ 4,5 bilhões por ano ao PIB fluminense.  Para baixar a nota técnica acesse https://www.firjan.com.br/publicacoes/publicacoes-de-economia/sistema-multiaeroportos-do-rio-de-janeiro-1.htm

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