13 de maio de 2025

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Parque Natural de Nova Iguaçu segue fechado devido à instabilidade na segurança pública da região

O Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu, uma das maiores reservas ecológicas da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, permanece fechado indefinidamente devido à grave situação de insegurança na área. A decisão de suspender as atividades foi anunciada pela própria administração do parque sem dar maiores detalhes.

Localizado no Maciço do Mendanha, o parque ocupa uma área de 1.100 hectares de Mata Atlântica preservada, oferecendo trilhas, cachoeiras, mirantes e uma biodiversidade que atrai visitantes de toda a região. Reconhecido como polo de ecoturismo e educação ambiental, o local vinha sendo cada vez mais evitado pela população devido ao aumento da criminalidade e à ausência de medidas concretas de segurança.

Moradores relatam que a circulação de indivíduos fortemente armados se tornou frequente, especialmente nas trilhas e no entorno do parque. Denúncias apontam também para a comercialização e o consumo de drogas nas vias de acesso, além do acúmulo de lixo e sinais de abandono.

A situação não é inédita. O fechamento do parque já ocorreu em outras ocasiões por motivos semelhantes, revelando a continuidade de um problema estrutural ignorado pelo poder público. Apesar da gravidade do cenário e da recorrência das denúncias, até o momento a Prefeitura de Nova Iguaçu não se pronunciou oficialmente sobre o caso nem apresentou qualquer plano emergencial para restabelecer a segurança no local.

Para Adriano Dias, fundador da organização ComCausa e idealizador da campanha Defesa da Vida, o fechamento do parque é mais uma expressão do descaso com os territórios da Baixada Fluminense. “Estamos falando de um patrimônio ambiental e social fundamental para a população, que está sendo literalmente sequestrado pela criminalidade e pela omissão das autoridades. Defender o parque é também defender o direito à vida, ao lazer e à dignidade das pessoas”, afirmou.

Entidades da sociedade civil, como a própria ComCausa, vêm cobrando respostas e soluções estruturantes. As demandas incluem a retomada do controle público da área, ações interinstitucionais de segurança e políticas de revitalização ambiental e turística. Enquanto isso, a população continua privada de um de seus principais espaços de convivência com a natureza, em mais um retrato do abandono das periferias fluminenses.

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