Oposição tenta blindar militares e juízes em nova Lei do Impeachment

Ex-integrantes do governo Jair Bolsonaro, maior alvo de pedidos de impeachment desde a redemocratização, senadores da oposição tentam blindar categorias das quais fizeram parte do alcance da nova Lei do Impeachment proposta pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O projeto, que atualiza as condições e o rito em que autoridades podem ser afastadas de seus cargos, está em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

O ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) propôs mudar o projeto apresentado por Pacheco para que comandantes das Forças Armadas não respondam por crime de responsabilidade em situações como deixar de cumprir ordem do presidente da República ou ainda incitar a participação em greves ou motins de militares — casos previstos no texto de Pacheco como motivo de impedimento.

A justificativa do senador, general da reserva, é que os crimes previstos para os militares já estão contemplados na Constituição e no Código Penal Militar (CPM). “Não compete à Lei Ordinária definir crimes de responsabilidade para Comandantes Militares diante da existência de legislação específica”, justifica Mourão na emenda apresentada. Ele afirma ainda que o CPM já define como crime a insubordinação às ordens, ou retardamento delas, quando emanadas de superior hierárquico, “ainda mais as do Presidente da República”.

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