Baleado em sequestro na Rodoviária do Rio, funcionário da Petrobras tem alta médica quase dois meses depois

Bruno Lima Soares, de 34 anos, baleado no sequestro de um ônibus na Rodoviária do Rio de Janeiro, teve alta médica nesta sexta-feira (3). Ele foi atingido por dois tiros: um no tórax, perfurando coração e pulmão, e outro no abdômen, com lesão no baço, no dia 12 de março.

A alta dele foi muito comemorada pela equipe médica, inclusive, com direito a festa e muitos aplausos. Ele passou quase dois meses internado, chegou a ficar em estado grave, mas saiu andando e falando.

Ele agradeceu pelo carinho e cuidado que a equipe médica teve, enquanto os funcionários desejavam saúde e comemoravam.

Segurança não mudou

Nenhuma nova medida foi anunciada para impedir que armas de fogo entrem dentro dos veículos, apesar da legislação prever a instalação de detectores de metais no local.

Desde 1997, uma lei obriga a existência de detectores de metais em rodoviárias interestaduais no Rio de Janeiro. O local contou com um aparelho do tipo há 17 anos, mas não possui atualmente nada que verifique a entrada de armas de fogo.

Depois do caso, o governador Cláudio Castro determinou que a Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana cobrasse da concessionária um plano de segurança, pois seria uma prerrogativa do contrato. E disse que o poder público estava disponível para ajudar na implantação.

A Rodoviária do Rio afirmou que, enquanto concessionária privada, cumpre todos os requisitos para a segurança dos passageiros, como a segurança com câmeras, a presença de vigilantes patrimoniais e a existência de um posto da Polícia Militar.

Com relação a instalação de detectores de metais, a Rodoviária do Rio ressalta a decisão do Ministério Público que concluiu que há deficiência sobre a regulamentação da lei por conta da impossibilidade jurídica da implantação. Isso porque a revista dos passageiros seria feita por funcionários, que não possuem poder de polícia.

O sequestrador Paulo Sérgio de Lima, de 29 anos, ficou 3 horas negociando com os policiais antes de se entregar. Ele embarcou em um ônibus que seguia para Minas Gerais.

Dentro do ônibus havia idosos e crianças. A negociação foi feita por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Ele atirou para fora, acreditando que estava sendo seguido.

Paulo Sérgio permanece preso no Complexo Penitenciário de Gericinó.

A empresa que administra a rodoviária informou que já cumpre o plano de segurança presente em contrato. De acordo com a nota, em relação a questão dos detectores, depende de uma regulamentação da lei.

A Rodoviária do Rio destacou que a Polícia Militar já está integrando as câmeras do terminal com o sistema do comando central do órgão utilizando a tecnologia de reconhecimento facial, que funcionará em breve.

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