MPRJ realiza operação para prender bicheiro Bernardo Bello

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) deflagrou, nesta sexta-feira (10), após dois anos de investigação, a operação “Banca da Vila”. O objetivo principal da denúncia é cumprir mandado de prisão contra Bernardo Bello Pimentel Barbosa e nove mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado do TJRJ, em endereços ligados a ele e a integrantes da quadrilha voltada para a prática de crimes de lavagem de dinheiro, oriundo, sobretudo, da contravenção do jogo do bicho e da exploração de máquinas caça-níquel, envolvendo a Escola de Samba Vila Isabel, da qual Bernardo Bello foi presidente.

A operação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Além de Bernardo Bello, foram denunciados pelo MPRJ, Marina Ritter Forny, Marcio Passos Albuquerque, conhecido como “Emerson Sheik”, Suely de Oliveira Mendes, Marilda Aparecida Lisboa Bastos, o ex-presidente da GRES Vila Isabel Fernando Fernandes dos Santos, Thaysa da Costa Mendes, Rodrigo dos Santos Cunha e Sonia Maria Rossi, mãe de Bernardo Bello.

As investigações tiveram início em 2020, a partir do cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo I Tribunal do Júri da Comarca da Capital, em inquérito policial instaurado para apurar crime de homicídio tentado praticado contra Shanna Harrouche Garcia. De acordo com a denúncia, na época dos fatos, ao chegar à casa de Bernardo Bello, a equipe do MPRJ se deparou com uma residência extremamente luxuosa, absolutamente incompatível com a renda por ele declarada, razão pela qual foi instaurado procedimento investigatório criminal (PIC) objetivando apurar eventuais crimes de lavagem de dinheiro cometidos por ele e demais pessoas posteriormente identificadas.

Segundo a denúncia, a organização criminosa tem a finalidade de perpetrar o domínio da contravenção do jogo do bicho e a exploração de máquinas caça-níquel no Estado, além de todos os violentos e graves delitos daí decorrentes, como o extermínio de inimigos e opositores e a corrupção de policiais para garantir a perpetuação das infrações.

A Justiça deferiu também a apreensão e bloqueio de bens dos denunciados.

Bernardo Bello já havia sido denunciado pelo GAECO em 2022 nas Operações “Tu Quoque” e “Fim da Linha”.

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