MPRJ pede prisão preventiva de empresário acusado de estelionato e furto contra ex-namoradas

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pediu, na ultima quinta-feira (22), a prisão preventiva do empresário Christian Kistmann Jacob, de 32 anos, denunciado por crimes de estelionato e furto contra duas ex-namoradas. 
Em sua decisão, a promotora Luciana Barbosa Delgado escreveu que o réu continuou a aplicar golpes com o talão de cheques de uma das vítimas após a deflagração da ação penal, em 2021. Além disso, Christian teria se mudado sem comunicar o novo endereço ao juízo.
De acordo com o pedido, em duas oportunidades, os advogados do empresário abandonaram a causa dias antes das audiências marcadas, com o objetivo de provocarem o adiamento dos atos judiciais. Segundo a Promotoria, os fatos demonstram que o réu estaria fazendo de tudo para escapar da aplicação da lei.
Questionado, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) informou que ainda não tem uma decisão sobre o pedido.
A reportagem tenta localizar a defesa de Christian. O espaço está aberto para manifestação.
Relembre o caso
O empresário foi denunciado pelo MPRJ em agosto de 2021 pelos crimes de estelionato e furto. De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Violência Doméstica da área Oeste/Jacarepaguá, Christian teria usado a confiança conquistada no relacionamento com as ex-namoradas para convencê-las a investir em supostas “oportunidades de negócios”, que não existiam. Os valores investidos pelas vítimas chegaram a R$ 24 mil.
A denúncia aponta que, durante um determinado período, Christian manteve dois relacionamentos amorosos simultâneos, sem o conhecimento das envolvidas, e se apresentava como empresário. Ele se dizia dono de uma empresa nos Estados Unidos de “dropshipping” e alegava que precisava de investimento para trazer a atuação também para o Brasil. Contudo, segundo a Polícia Civil, a referida empresa nunca existiu.
No período em que esteve com as duas mulheres, de acordo com o MPRJ, ele se aproveitou da convivência diária e confiança para furtar objetos das vítimas, como um relógio, avaliado em R$50 mil, uma pulseira e um fone de ouvido, que custam cerca de R$ 2 mil cada. Christian chegou a morar com uma das ex-namoradas.
Dados levantados 13ª DP (Ipanema), que investigou o caso, indicaram ainda que Christian teria enganado outros três amigos com a oferta de investimento na sua suposta empresa. “Evidente intenção de causar prejuízo a estas e auferir vantagem econômica em seu próprio benefício”, disse a Polícia Civil, na época.

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