Dino fala em múltiplos indícios da ação de Anderson Torres contra eleitores de Lula no 2º turno
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, falou em múltiplos indícios da ação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres contra eleitores de Lula no 2° turno.
A Polícia Federal apura uma viagem do então ministro à Bahia no ano passado —a informação foi publicada pelo jornal O Globo. Na ocasião, Torres teria pedido à Polícia Federal que atuasse com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) nas rodovias.
A PRF está sob suspeita de atuação política em favor do então presidente Jair Bolsonaro por causa da realização de blitze no transporte público de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha ampla margem de votos nas pesquisas.
A PRF está sendo investigada tanto pela atuação no dia da votação do segundo turno da eleição como também na desmobilização das manifestações antidemocráticas que bloquearam estradas pelo país.
“O que eu posso afirmar é que há múltiplos indícios de elaboração de relatórios, viagens, comandos. E temos um indício muito eloquente, o fato ocorreu no dia 31 de outubro nessas ditas operações atípicas”, disse em entrevista para o canal do Youtube de Marco Antonio Villa.
“Vamos aguardar o término das apurações da Polícia Federal visto que evidentemente constituiu um fato de imensa gravidade, faço questão de mais uma vez sublinhar a imensa gravidade porque isso significa um engendramento estatal, governamental para tentar fraudar uma eleição”, disse.
A PRF está sob suspeita de atuação política em favor de Bolsonaro por causa da realização de blitze no transporte público de eleitores, principalmente no Nordeste, região onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ampla margem de votos.
Essa apuração da PRF, solicitada à Polícia Federal pelo MPF (Ministério Público Federal) no Distrito Federal, mira o ex-diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques.
Ele já havia tido o afastamento pedido pelo MPF no Rio de Janeiro, que alegou uso indevido do cargo por ter feito campanha para Jair Bolsonaro (PL) em suas redes.
Vasques se tornou réu ao ser notificado do processo, que pede ainda sua condenação pela prática dolosa de improbidade administrativa.