Morre, no Rio, a fonoaudióloga Glorinha Beuttenmüller aos 98 anos

A fonoaudióloga Glória Beuttenmuller, conhecida como Glorinha, morreu aos 98 anos no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (6).

Ela estava em casa, e a causa da morte não foi divulgada ainda. Glorinha trabalhou na Globo de 1974 a 1993. Nesse período, aprimorou a voz de locutores e artistas da emissora.

Ela ficou conhecida após ajudar uma professora cega a preparar uma conferência a ter uma melhor eloquência no Instituto Benjamin Constant. Depois desse evento, ela mesma foi chamada para dar aulas no local.

Foi dando aulas para cegos que ela criou a “Terapia da fala”, método que ela registrou em 1972. Ela entrou para a Globo depois que o apresentador Sérgio Chapelin ficou rouco por questões emocionais.

No departamento de jornalismo, além de Sérgio Chapelin, ela ajudou a desenvolver a fala de William Bonner, Fátima Bernardes, Ana Paula Padrão, Carlos Nascimento e Paulo Henrique Amorim, entre muitos outros.

Ainda na década de 1980, Glorinha Beuttenmüler começou a trabalhar também com os atores da Globo. Um dos seus primeiros trabalhos foi em 1984, na direção vocal interpretativa do programa “Betty Faria Especial”, um musical em tom de comédia estrelado pela atriz Betty Faria e dirigido por Augusto César Vannucci.

Ainda na área do teatro, ela foi uma das responsáveis pela criação da Casa de Arte de Laranjeiras, a CAL.

Depois de 19 anos de Globo, Glorinha Beuttenmüller deixou a emissora. Ela ainda trabalhou por um breve período no jornalismo da TV Bandeirantes, antes de montar, em 1996, a sua empresa, a Espaço-Direcional Comunicações, que dá treinamento vocal. O seu mais recente trabalho foi o livro “Tragédia – O Mal de Todos os Tempos”.

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