Moraes nega que mulher de Roberto Jefferson o acompanhe no hospital em tempo integral
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Roberto Jefferson para que a mulher do ex-deputado federal o acompanhe em tempo integral no hospital. Preso desde outubro do ano passado, Jefferson foi autorizado pela Corte a realizar tratamento médico em uma unidade de saúde particular.
“Mister se faz o respeito ao direito do aqui peticionário, enquanto usuário de saúde e idoso, a ter a sua esposa como acompanhante, por apresentar o seguinte quadro clínico atual: desnutrição, agitação psicomotora, desorientação, baixa aceitação alimentar e crise convulsiva”, tentou justificar a defesa de Roberto Jefferson.
De acordo com Moraes, apesar do ex-parlamentar não estar dentro dos limites da penitenciária, as regras da prisão preventiva se estendem a ele e, por este motivo, sua mulher Ana Lúcia Novaes e seus advogados devem seguir o horário de visitação.
“Ainda que tenha sido autorizado a sair do estabelecimento prisional para realização de tratamento de saúde em hospital particular, ele se encontra sujeito às regras que se aplicam aos presos preventivos, inclusive no que diz respeito à visita do cônjuge em dias determinados”.
Em 23 de outubro, o ex-parlamentar se tornou alvo de Moraes após descumprir as medidas cautelares de sua prisão domiciliar — a qual cumpria desde janeiro do ano passado. Jefferson foi preso inicialmente em agosto de 2021, réu do inquérito das milícias digitais.
O ex-parlamentar resistiu a ordem de prisão e disparou três granadas contra os policiais. Na ocasião, dois policiais ficaram feridos por estilhaços e, de acordo com informações do Ministério Público Federal, uma agente só não foi atingida porque uma das munições atingiu o cano de sua pistola.