Companheiro de idosa morta dentro de casa em Irajá é preso e confessa crime, investigado como feminicídio

O companheiro de Zenaide Mendes Pereira, acusado pela morte da idosa de 68 anos, foi preso na noite desta terça-feira na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ludinir Santana, de 74 anos, era considerado foragido ao ser apontado pela polícia como o autor da morte de Zenaide na semana passada. Ele confessou o crime, que é investigado como feminicídio. A mulher foi assassinada com golpes na cabeça na casa onde morava, em Irajá, Zona Norte da cidade.

Contra Ludinir havia um mandado de prisão temporária pelo crime. O companheiro da vítima foi apontado como autor pela Polícia Civil após investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que apura o caso.

O corpo da vitima foi encontrado na cama do quarto na casa onde ela vivia e apresentava lesões na cabeça, provocadas por ação contundente. “No local foi apreendida uma marreta com resquícios de sangue, possivelmente utilizada como arma do feminicídio”, segundo informou a Polícia Civil por meio de nota.

Zenaide Mendes Pereira, de 68 anos, foi encontrada morta em casa; crime é investigado como feminicídio — Foto: Reprodução/TV Globo

Zenaide Mendes Pereira, de 68 anos, foi encontrada morta em casa; crime é investigado como feminicídio — Foto: Reprodução/TV Globo

O companheiro de Zenaide desapareceu logo após o crime. Câmeras de segurança da casa da vítima gravaram Ludinir deixando o imóvel por volta das 6h de quinta-feira, caminhando calmamente. O crime teria acontecido na madrugada de quarta para quinta-feira. O neto da idosa foi quem encontrou o corpo, que estava na cama com um pano cobrindo o rosto. Ele foi até a casa após não ter notícias de Zenaide.

Segundo a Polícia Civil, durante as investigações, “os agentes apuraram que o homem era violento com a vítima e responde a um homicídio provocado por machadadas contra uma ex-companheira”.

Acusado por morte de companheira em casa, em Irajá, é preso

Acusado por morte de companheira em casa, em Irajá, é preso

Após o crime, Ludinir viajou para Minas Gerais, mas voltou para o Rio. Com a expedição do mandado de prisão temporária, ele era considerado foragido. Equipes da DHC realizaram diligências para localizá-lo. No retorno à cidade, ele foi preso pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e, em seguida, levado para a DHC, onde foi ouvido e confirmou a autoria do crime.

— Desde cedo estamos buscando por ele. E a gente conseguiu o prender próximo da delegacia. Ele disse que estava vindo para cá para se entregar. Aqui, admitiu que matou a vítima, pensou em fugir, foi para Minas, e depois resolveu voltar para o Rio, quando voltamos a monitorar. A primeira atitude dele foi de fugir. Ele tem parentes lá em Minas — diz o delegado Marcus Drucker, à frente do caso.

Relacionamento iniciado na cadeia

 

Zenaide e Ludinir se conheceram na cadeia, quando ele cumpria pena por feminicídio contra a esposa, com quem foi casado por 30 anos, segundo a TV Globo. A idosa fazia trabalho de evangelização na instituição. O casal então começou um relacionamento que durou cerca de 4 anos.

Ludinir foi condenado a 13 anos pelo crime. Em 2017, teve progressão da pena. Dois anos depois, se casou com Zenaide, passando a morar na casa dela, em Irajá.

No caso pelo qual foi condenado, Ludinir disse que cometeu o crime após uma discussão.

— Nesse caso antigo, em que ele foi preso, parece que houve uma discussão. Ele alegou que essa vítima, que também era companheira dele, tinha tentado o interditar com uma amante. Neste caso de agora, em depoimento, disse que a vítima queria ficar com a aposentadoria dele. Mas ainda vamos apurar mais sobre essa motivação — diz o delegado Drucker.

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