Velório reúne familiares, amigos e colegas de trabalho de cinegrafista morto a tiros em bar no Maracanã
O corpo do cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta, de 40 anos, assassinado a tiros no último sábado (1º) pelo policial penal Marcelo de Lima, foi velado na manhã desta quarta-feira (5) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária do Rio.
Abalada, a mãe de Thiago foi consolada por familiares ao chegar no velório. Entre os amigos do cinegrafista, os atores Humberto Carrão e Regiane Alves foram prestar homenagem ao profissional.
“O Thiago foi vítima de uma violência que ele sempre combatia. O Thiago está na rua lutando pela democracia, pelo samba, pelo povo. O Thiago era uma pessoa participativo e militante. Foi um horror é isso não pode ficar impune. O bar estava lotado e é importante que as pessoas , essas testemunhas, que estejam lá denunciem. Isso é muito importante. Testemunhas que viram isso, falem, falem, pra esse crime não sair impune”, afirmou o ator Humberto Carrão.
A cerimônia de cremação do cinegrafista ocorreu por volta das 10h da manhã.
Outro torcedor ferido
Já Bruno Tonini Moura, de 38 anos, amigo de Thiago, que ficou gravemente ferido durante o tiroteio, segue internado no CTI do Hospital Badim, na Tijuca.
A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro não está convencida que o agente penal baleou os dois torcedores do Fluminense tendo como motivação uma discussão por um pedaço de pizza.
O crime
O crime foi em um bar em frente ao Maracanã, após o Fla-Flu pela final do Campeonato Carioca.
Nessa segunda-feira (3), a polícia recolheu imagens de câmeras da região. Agentes da Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), que abriu um procedimento administrativo disciplinar (PAD) para apurar a conduta do agente Lima, também estiveram no local para tentar colher informações.
O dono do bar prestou depoimento e contou que Thiago Motta era frequentador do local, mas que nunca tinha visto antes o homem que fez os disparos, nem presenciou o momento dos tiros.
O policial penal foi transferido para a cadeia pública de Niterói. Após o crime, ele tentou fugir, mas foi preso em flagrante.
Durante a audiência de custódia, a Justiça converteu a prisão em preventiva e determinou a transferência dele.
A Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do RJ afirmou que repudia todo ato de violência praticado pelos seus servidores, e que abriu um PAD.