SP tem recorde de trânsito com greve do Metrô; congestionamento é maior que distância até o RJ
A cidade de São Paulo registrou na manhã desta quinta-feira um recorde de trânsito no período em todo o ano de 2023. O engarrafamento atingiu o pico em razão da greve dos metroviários que paralisou quatro linhas do Metrô.
Em um dos monitoramentos da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que compreende 868 km de vias da cidade, a extensão de ruas congestionadas chegou a 275 km por volta das 9h. É o maior número desde o início de 2023.
Já o outro monitoramento, cuja medição é mais ampla e começou vinte dias atrás, abarca 20 mil km de vias e apontou um congestionamento de 846 km às 8h30.
A extensão é quase o dobro da distância entre São Paulo e Rio de Janeiro, cujo trajeto tem cerca de 430 km.
O rodízio de carros foi suspenso nesta quinta-feira por causa da greve. Os metroviários reivindicam abono salarial e recomposição de vagas de trabalho do governo do estado.
Às 9h, para tentar resolver o problema, o Metrô anunciou que liberaria as catracas gratuitamente a todos os passageiros, sob condição de que 100% dos funcionários voltassem aos postos de trabalho. Até esta tarde, no entanto, as estações continuavam fechadas.
A companhia acusa o Sindicato dos Metroviários de não cumprirem o acordo de retomar as atividades. Já os grevistas acusam a empresa de não liberarem as catracas para que eles pudessem voltar aos postos.
Nesta tarde, o governo de São Paulo obteve uma liminar na Justiça que determina o funcionamento de 80% do serviço de metrô nos horários de pico — entre 6h e 10h e entre 16h e 20h — e com 60% nos demais horários, durante todo o período de paralisação. Com a decisão, retoma-se a cobrança de tarifa aos passageiros.