Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade reúne gestores de Unidades de Conservação Municipais para aula experimental do curso de Sistemas Agroflorestais
A iniciativa visa estimular representantes das UCs a se aliarem em prol da conservação e manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) reuniu na última semana, representantes de 23 Unidades de Conservação municipais na RPPN Águas Claras, em Conceição de Macabu, para uma aula experimental e prática do curso de Sistemas Agroflorestais e Conservação da Mata Atlântica.
A atividade, que também celebrou o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), faz parte das ações do projeto Pró Espécies (Plano de Ação Nacional para a Flora Endêmica), uma iniciativa do órgão ambiental em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A primeira aula, que contou com o apoio do projeto Conexão Mata Atlântica, teve a participação de gestores de UCs de municípios localizados nas regiões hidrográficas do Médio Paraíba do Sul, Piabanha e Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, regiões estratégicos para o Plano de Ação do Rio de Janeiro para a Flora Endêmica.
O objetivo do curso, segundo a subsecretária de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade, Marie Ikemoto, é fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis da Mata Atlântica como aliadas da conservação da biodiversidade e da gestão ecossistêmica. “Pensando na sustentabilidade econômica e socioambiental, queremos a partir deste curso estimular os gestores de Unidades de Conservação Municipais de Uso Sustentável a implantarem Sistemas Agroflorestais em áreas degradadas, em parceria com pequenos produtores rurais”, afirmou Ikemoto.
A superintendente de Gestão Ecossistêmica, Renata Lopes, ressalta que o curso também pretende incentivar a introdução de espécies ameaçadas e endêmicas da Mata Atlântica em Sistemas Agroflorestais, priorizando espécies frutíferas nativas do bioma. “É muito importante a não utilização de espécies exóticas invasoras nos sistemas agroflorestais. A diversidade de espécies também é fundamental para a saúde do ecossistema local”, explicou Lopes.
O curso terá continuidade online e será aberto ao público. Contará com módulos e debates mediados por profissionais e convidados especialistas em SAF, com a apresentação de formas de incentivo financeiro, os diferentes arranjos agroflorestais e as etapas para implantação e manutenção dos sistemas produtivos que integram árvores às culturas agrícolas. O lançamento está previsto para este semestre por meio da Universidade do Ambiente.