Promotores americanos pedem pena de morte para jihadista que matou oito pessoas em Nova York

Promotores americanos argumentaram, nesta segunda-feira, que Sayfullo Saipov, um uzbeque que matou oito pessoas em Nova York há seis anos, deveria ser executado, apesar da oposição à pena de morte por parte do presidente Joe Biden.

Desde que o democrata assumiu a Casa Branca, esta é a primeira vez que o Departamento de Justiça pede a pena de morte para um condenado.

Apesar de o governo Biden ter decretado uma moratória para todas as execuções federais, se Saipov receber a sentença, poderá ser executado durante uma nova presidência.

Os mesmos 12 jurados que condenaram Saipov no mês passado por assassinato e terrorismo retornaram hoje ao tribunal para ouvir os argumentos na audiência de abertura para decidir sua sentença.

— Pediremos a imposição da pena de morte. Não porque seja fácil, e sim porque é a pena adequada neste caso —, disse a promotora Amanda Houle.

No dia de Halloween de 2017, Sayfullo Saipov lançou o veículo que dirigia contra as pessoas que estavam na ciclovia que passa ao longo das margens do rio Hudson, no sul de Manhattan, deixando pelo caminho vários feridos e oito mortos. Esse foi o atentado mais letal em Nova York desde o de 11 de setembro de 2001.

Saipov disse que agiu em nome do grupo jihadista Estado Islâmico. O júri terá que chegar a uma decisão unânime, da qual Saipov poderá recorrer.

A maioria das execuções nos Estados Unidos é realizada pelos estados, e não pelo governo federal. Nova York aboliu a pena de morte em nível estadual, e sua última execução foi em 1963.

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