Prefeitura suspende renovação da licença de escolinha de mulher que agrediu entregador

A Secretaria Municipal de Esportes (Smel) informou nesta terça-feira (11) que suspendeu a renovação do alvará de funcionamento da escolinha de vôlei de Sandra Mathias Corrêa de Sá, na Praia do Leblon, na Zona Sul do Rio. Ela está sendo investigada por lesão corporal e injúria por preconceito depois de ser flagrada agredindo o entregador Max Ângelo dos Santos, em São Conrado.
Segundo a Smel, a licença da escolinha venceu em dezembro de 2022 e estava em processo de renovação. Contudo, diante do ocorrido, a secretaria destacou que não concederá a renovação até que todos os fatos sejam esclarecidos pela Justiça.
O crime aconteceu no domingo passado (9) e foi registrado em vídeo por uma das testemunhas. Nas imagens, é possível ver Sandra puxando e agredindo o entregador, que é negro e aparece vestido com uma camisa vermelha. A mulher dá um soco em Max e o agarra pela roupa. Em seguida, ele se esquiva e se afasta. A mulher, então, diz: “Tu (sic) não vai embora não, filha da p…”.
A gravação continua e mostra a suspeita tirando a guia de um cachorro. Ela pega o objeto e parte para cima do entregador, que fala: “Teu caô não é comigo não. Tu vai me agredir? Vai me agredir?”. A moradora de São Conrado retruca: “Não é contigo, não?” e, logo na sequência, atinge o homem com a coleira.
O crime aconteceu depois que Sandra teria se revoltado com a presença de entregadores sentados na porta de uma loja, na Estrada da Gávea, próximo ao número 847. Segundo Max, a mulher passeava com o cachorro e, ao se deparar com o grupo, cuspiu no chão, na frente da vítima, e seguiu andando com animal. Ao voltar, uma entregadora questionou o motivo da raiva da ex-jogadora de vôlei, que se alterou e passou a ofender e agredir os trabalhadores.
“No domingo, a gente estava sentado como de praxe, como a gente faz todo santo dia, esperando a entrega e ela passou, passeando com o cachorro. Quando chegou na nossa frente, ela olhou para mim com cara de nojo e cuspiu no chão e seguiu o caminho. Quando ela voltou, minutos depois, a menina perguntou para ela por que ela tinha tanta raiva da gente e aí começaram as alterações, as agressões verbais, seguidas de agressões físicas”, relatou Max.
“(Me) chamou de marginal, de preto, disse que eu tinha que voltar para a favela, que eu não tenho que estar em São Conrado, que ela paga IPTU e muitas outras coisas, me mandou tomar em tudo quanto é lugar. É triste e eu só quero justiça, quero que ela pague pelo que ela fez”, completou o entregador.

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