Na Ucrânia, assessor especial de Lula deve se encontrar com Zelensky nesta quarta

O assessor especial da presidência da República, Celso Amorim, deve se reunir nesta quarta-feira (10) com o presidente Volodymyr Zelensky, na Ucrânia, para tratar sobre alternativas de paz na guerra com a Rússia.

A ida a Kiev é vista como estratégica depois que Lula foi criticado por falas sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia e também por receber o chanceler russo, Sergey Lavrov, em Brasília.

Nesta terça, Lula afirmou que espera que Amorim traga da viagem à Ucrânia “indícios de soluções” para a guerra. A declaração foi feita ao lado do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, após visita oficial em Brasília.

“Hoje [terça] o Celso Amorim chegou à Ucrânia. Ele já tinha ido à Rússia. Ele viajou 12 horas de trem para poder chegar à Ucrania. Eu espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, afirmou o presidente.

Uma das principais bandeira de Lula em relação à guerra tem sido defender a criação de um grupo de países para negociar a paz entre os dois países, uma espécie de “G20 pela paz”.

Polêmica

Semanas atrás, falas do presidente de que a Ucrânia também era responsável pela guerra geraram críticas das potências ocidentais, como o Estados Unidos.

Em visita recente aos Emirados Árabes Unidos, onde fez uma parada depois de sua viagem à China, o petista atribuiu aos EUA e à União Europeia a responsabilidade pelo prolongamento da guerra.

O governo dos EUA disse que o Brasil “papagueia” propaganda russa e chinesa sobre a guerra na Ucrânia. Após a repercussão, Lula mudou o tom e defendeu a integridade do território da Ucrânia. Recentemente, em Portugal, o presidente brasileiro voltou a condenar a invasão russa.

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