Luiza Brunet faz sua primeira viagem internacional em defesa das mulheres brasileiras que sofrem violência no exterior

A modelo e ativista Luiza Brunet iniciou no último sábado seu primeiro périplo este ano de viagens internacionais para dar voz às mulheres que sofrem violência doméstica. Sempre à convite de governos estrangeiros e ONGs e ainda de nossas embaixadas e consulados no exterior, ela ministrará palestras sobre o tema, além de engajar-se em campanhas que ensinam as brasileiras, muitas delas sem documentação legal no país, a como procurar ajuda.

Este ano, ela aceitou convites para falar sobre o tema em Roma, Milão, Trieste, Eslovênia, Dublin, Alemanha, Londres e só volta para o Rio no dia 14 de abril.

Segundo a ativista, muitas mulheres não fazem denúncia no exterior com medo de serem deportadas sem a guarda dos filhos. “Elas estão abaladas física e psicologicamente devido às ameaças dos agressores. É imprescindível esclarecer que na Europa os documentos saem mais rápido em caso de denúncia. Eu quero ser essa voz que ajuda e explica”, afirma.

Segundo os últimos dados do Itamaraty, de janeiro de 2019 até novembro de 2020 foram relatados 213 episódios de violência doméstica e tráfico de seres humanos com vítimas brasileiras no exterior.

A cada ano, 50 mil mulheres são assassinadas no mundo, vítimas de violência doméstica. Isso representa aproximadamente uma morte a cada dez minutos de acordo com dados da Organização das Nações Unidas. Pesquisa realiza pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública por meio do Instituto Datafolha revelou que todas as formas de violência desse tipo cresceram no período recente. Foram mais de 18 milhões de mulheres vítimas de violência no último ano. “Quem se cala diante destes dados é tão conivente quanto os agressores”, frisa Luiz Brunet.

 

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