Itatiaia: Programa Saúde na Escola realiza palestra para adolescentes da rede municipal de ensino
O Programa Saúde na Escola realizou na manhã desta terça-feira (14/05), no Colégio Municipal Ana Elisa Lisboa Gregori, uma palestra sobre o tema “Suicídio e Sexualidade na Adolescência, Gravidez Precoce e IST”. A iniciativa, desenvolvida em conjunto entre as secretarias de Educação e Saúde, é coordenada pelo Enfermeiro Flávio Crizio, com a participação da psicóloga do Camila Mattos com o apoio de vários segmentos como a Vigilância em Saúde, o e-Multi NASF e ESF com Enfermeiros da Rede.
O Programa Saúde na Escola, dentro da faixa etária de cada unidade escolar, enfoca temas importantes para a melhoria da qualidade de vida da comunidade, abordando vários assuntos pactuados e organizados mensalmente, conforme cronograma da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com Secretaria de educação.
“O Programa Saúde na Escola busca a integração e articulação permanente da educação e da saúde, estimulando o desenvolvimento da cidadania e a formação integral dos alunos da rede pública, através de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. O objetivo é proporcionar melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade”, explica Flávio, acrescentando que o público-alvo do programa são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e a Educação de Jovens e Adultos.
Ele avalia o tema como sensível, mas ressaltou que a questão precisa ser abordada. Flávio conta que durante a palestra, que foi ministrada separadamente por gêneros para deixar os participantes mais à vontade, enfatizou-se que cerca de mil crianças e adolescentes, na faixa etária entre 10 e 19 anos de idade, cometem suicídio no Brasil a cada ano, de acordo com a série histórica levantada pela Sociedade Brasileira de Pediatria entre 2012 e 2021. O dado se baseia em registros do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde.
Especialistas apontam que todo dia morrem três crianças por suicídio no Brasil. Diante desse dado é preciso estar alerta para a existência de todo um arsenal de estímulos nas redes sociais de autoagressão e do suicídio como uma saída. “Daí a importância de se falar sobre isso, dos sinais de alerta para procurar ajuda, porque há um problema a tratar”, diz.
Flávio lembra que a maioria dos casos está consolidada entre os adolescentes. Foram 8.391 óbitos (84,29%) na faixa etária de 15 a 19 anos; e 1.563 mortes (15,71%) na faixa de 10 a 14 anos de idade. “Na verdade, até os 26 anos, é o maior número de casos no país e no mundo também. A maior prevalência de suicídio ocorre entre os jovens do sexo masculino”, menciona.