Gilmar Mendes vota para ampliar foro privilegiado no STF

Ministro defende que regra deve valer para crimes funcionais, mesmo após a saída da função. Em 2018, Corte restringiu foro apenas para crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo.

O ministro Gilmar Mendes votou nesta sexta-feira (29) para, na práticaampliar a regra do foro privilegiado de autoridades no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ministro propôs que, quando se tratar de crimes funcionais, o foro deve ser mantido mesmo após a saída das funções. Isso valeria para casos de renúncia, não reeleição, cassação, entre outros motivos.

Mendes também defende que, no fim do mandato, o investigado deve perder o foro se os crimes foram praticados antes de assumir o cargo ou não possuírem relação com o exercício da função.

Gilmar Mendes é o relator de um pedido de habeas corpus do senador Zequinha Marinho (PL-PA), que quer levar ao STF a competência sobre uma denúncia contra ele, apresentada à Justiça Federal (veja detalhes abaixo). O caso está em análise no plenário virtual do STF.

Em 2018, o plenário do Supremo restringiu o foro privilegiado. Ficou definido que só devem ser investigados na Corte crimes praticados durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo.

Com isso, passou a valer o entendimento de que devem ser enviados para a primeira instância da Justiça todos os processos criminais que se refiram a crimes cometidos antes do cargo ou os cometidos no cargo, mas que não tenham relação com a função.

Quando o parlamentar deixa a função, os ministros repassam os casos para outra instância. Só ficam no Supremo as ações em estágio avançado, aquelas em que o réu já foi intimado para apresentar a sua defesa final.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *