Funcionários do Metrô de SP encerram greve no segundo dia de paralisação
Os metroviários de São Paulo aceitaram na manhã desta sexta-feira a proposta salarial do Metrô paulista, encerrando a greve da categoria iniciada no dia anterior e que afetou a circulação dos trens das linhas Azul, Vermelha, Verde e Prata (monotrilho) do sistema de trens da capital paulista.
Em nota, o Metrô diz que “aguarda o retorno dos colaboradores às suas funções para normalizar completamente suas operações”, o que deve ocorrer ainda no final da manhã.
Nesta madrugada, o Metrô apresentou uma proposta aos grevistas para tentar encerrar a greve e garantir o retorno de 100% dos funcionários ao trabalho. A oferta inclui o pagamento, em abril, de abono salarial no valor de R$ 2 mil por funcionário e a instituição de Programa de Participação nos Resultados de 2023, a ser pago em 2024.
Os metroviários reivindicavam o pagamento de um abono que compensasse o não pagamento da participação nos resultados nos anos de 2020, 2021 e 2022, além da realização de um concurso público para a contratação de servidores. Até então, o Metrô havia negado fazer concessões nesses dois pontos.
Na tarde de quinta-feira, em audiência conduzida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), o representante do Ministério Público do Trabalho (MPT) formulou uma proposta de pagamento de R$ 7.500 de abono por metroviário (R$ 2.500 por ano, de 2020 a 2022). A categoria a aceitou, mas a greve foi mantida porque o Metrô recusou a oferta.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB) decretaram ponto facultativo no serviços públicos estadual e municipal por causa da greve do Metrô. No caso da cidade de São Paulo, o rodízio de veículos foi suspenso e só funcionam nesta sexta-feira serviços essenciais, como o funerário, as unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, a rede municipal de ensino e a Segurança Urbana.