Flávio Dino anuncia apreensão de mais de 110 fuzis e diz que há ‘CACs a serviço do crime organizado’
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta terça-feira que há uma “intersecção” entre alguns colecionadores, atiradores e caçadores, os chamados CACs, e o crime organizado.
— Em relação aos CACs também ocorreu isso [casamento entre narcotráfico e milícia]. Criminosos viraram CACs e CACs se associaram ao crime organizado. A imensa maioria dos CACs não comete crimes, e temos alguns CACs que estão a serviço de organizações criminosas — afirmou o ministro da Justiça em audiência pública na Comissão de Segurança Pública do Senado.
Dino disse que a PF procura em especial as 6.168 armas de grosso calibre (fuzis e submetralhadoras) que não foram recadastradas. Segundo ele, parte desses artefatos foram parar nas mãos de milicianos e narcotraficantes. — Tirar armas de organizações criminosas é um caminho fundamental para termos paz social. Teremos a continuidade dessas apreensões — disse ele.
O autor do requerimento de convocação de Dino ao Senado é o senador Magno Malta (PL-ES). Segundo a justificativa do pedido, Dino deveria “prestar informações sobre os planos e a agenda estratégica da pasta para os próximos anos”.