14 de junho de 2025

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Fisioterapeuta tem pescoço cortado por linha chilena em São Gonçalo: ‘Poderia ter morrido’

“Eu tive sorte, mas quantas pessoas não tiveram? Eu poderia ter morrido. Deus é maior”. O relato é de mais uma vítima de linha chilena no Estado do Rio. Nesta segunda-feira (2), a fisioterapeuta Juliana Jaccoud, de 33 anos, recebeu alta do Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, Região Metropolitana, após dois dias internada.
O caso aconteceu na tarde do último sábado (31). A vítima estava indo de moto ao mercado com o marido quando teve o pescoço atingido por uma linha chilena no bairro Fazenda dos Mineiros. Ela foi socorrida e encaminhada para um quartel do Corpo de Bombeiros e, de lá, para o Alberto Torres.
“Uma linha chinela quase decepou a minha vida. As pessoas falam que isso é arte, mas para mim isso é crime. A partir do momento em que você sabe que aquilo pode tirar a vida de uma pessoa e você continua utilizando, isso é crime. Semana passada vimos um moço decapitado no Rio e mesmo assim as pessoas continuam utilizando. Eu tive sorte, mas quantas pessoas não tiveram a mesma sorte que eu? Não usem. Evitem. Se tivesse pegado em alguma veia principal, poderia ter morrido. Deus é maior”, disse Juliana.
A fisioterapeuta deixou a unidade com um curativo no pescoço e em cadeira de rodas.
Nesta segunda-feira (2), uma outra mulher teve o pescoço cortado pela linha de pipa. O caso ocorreu em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Selmar Serpa de Souza, de 59 anos, estava voltando para casa, em uma moto de aplicativo, quando foi atingida. Ela deu entrada no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, e passou por tratamento no centro cirúrgico. Segundo a direção da unidade, ela não corre risco de morte.
A comercialização, o uso, o porte e a posse da substância conhecida como “cerol” e da “linha chilena”, assim como qualquer outro produto utilizado na prática de soltar pipas que possua elemento cortante, é proibida por lei estadual. No caso das chilenas, que são consideradas quatro vezes mais perigosas do que o cerol, capazes até de cortar fiação elétrica, a pena varia entre três meses e um ano de detenção.
Morte em Caxias
O motociclista Auriel Missael Henriques, de 41 anos, morreu, no último dia 27 de maio, ao ser atingido por uma linha chilena enquanto trafegava na Linha Vermelha, altura de Duque de Caxias, Baixada Fluminense.
Auriel estava com sua mulher na garupa da moto quando foi ferido no pescoço. Ele chegou a ser socorrido por um motorista que passava pelo local e levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), mas não resistiu aos ferimentos.
O caso foi registrado na 58ª DP (Posse) e encaminhado à 59ª DP (Duque de Caxias).

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