Estado vai administrar Linha Vermelha junto com prefeitura do Rio

O secretário estadual de Transportes e Mobilidade Urbana, Washington Reis, anunciou nesta segunda-feira que o estado reassumiu parcialmente a administração da Linha Vermelha. A via expressa estava integralmente sobre a gestão da prefeitura do Rio desde os anos 1990. Reis tomou posse nesta segunda-feira, assim como os outros integrantes do governo Cláudio Castro.

— Reassuminos hoje o trecho entre o Fundão e a Baixada Fluminense. Já começamos a fazer melhorias. O trecho do Caju ao Fundão fica com a prefeitura porque é mais da cidade mesmo — disse Reis.

A Linha Vermelha — batizada de Via Expressa Presidente João Goulart oficialmente — tem 21,9 quilômetros de extensão, alcançados após a inauguração de três trechos. O primeiro deles foi em 1978, ligando o fim do Elevado Paulo de Frontin, na Cidade Nova, ao Campo de São Cristóvão. O segundo foi concluído em 1992, no trecho entre o bairro de São Cristóvão e a Ilha do Fundão. A última parte, de 14 quilômetros de extensão, faz a ligação entre a Ilha do Fundão e a Rodovia Presidente Dutra. A via, também identificada como RJ-071, liga os municípios do Rio de Janeiro, São João de Meriti e Duque de Caxias. Ela se tornou uma das principais opções no deslocamento entre os municípios da Baixada Fluminense e o Centro da capital.

O secretário acrescentou que pretende reforçar com a Polícia Militar as operações combater o furto de cabos da Supervia.

— Acabou essa história de roubo de cabos. Os bandidos terão que devolver — disse Washington Reis.

Já o secretário Intergeracional de Juventude e Envelhecimento Saudável, Alexandre Isquierdo, afirmou que pretende estabelecer parcerias com igrejas para implementar projetos da pasta. Isquierdo é evangélico e foi um dos principais articuladores da campanha do Castro com esse grupo religioso.

— Eu acho que é um canal, acho que a gente pode fazer parceria com essas instituições. Por exemplo, a gente tá com uma ideia de fazer fórum de empreendedorismo e eu acho que as igrejas podem ser uma base pra receber esses projetos, até porque já tem estrutura, né? Até pela economicidade, você já tem som, você já tem ar-condicionado, você já tem banheiro você tem toda uma estrutura. E não quero focar só na igreja evangélica mas católica também. A gente quer fazer sim parceria, eu fui líder de jovens durante muitos anos, tenho uma expertise nessa área, acho que a gente pode somar de forma republicana, vamos dizer assim.

O secretário estadual de Saúde do Rio, Dr Luisinho, disse que entre as prioridades da nova gestão estão reduzir as filas das demandas por serviços de alta complexidade de cardiologia e oncologia. O tamanho exato da fila ainda não é conhecido porque podem haver dados superpostos dos serviços de regulação dos municípios.

Em entrevista ao EXTRA no fim de semana, o governador Cláudio Castro já havia anunciado ter planos para expandir esses serviços no interior:

— A gente precisa também avançar em algumas ferramentas digitais que avançaram no mundo para agilizar esses atendimentos. Aproveitar que a situação financeira do estado se encontra melhor — disse Luisinho.

Dentre desses planos, o estado deve inaugurar ainda neste semestre a ampliação do Instituto do Cérebro, no Centro do Rio, e concluir as obras do Rio Imagem Baixada e do Hospital do Câncer de Friburgo, esta ainda com a necessidade de ser equipado.

O secretário acrescentou que pretende ainda se encontrar com a ministra da Saúde, Nisia Trindade, para buscar uma solução para vagas fechadas na rede federal.

— Esse é um problema não só do Rio, mas nacional — disse.

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