‘Dor, terror e humilhação’: Hospitais dos EUA infringiram lei ao negar aborto de emergência

Dois hospitais no meio-oeste dos Estados Unidos violaram a lei federal ao negar um aborto de emergência a uma mulher que havia entrado em trabalho de parto prematuro e, com isso, colocado sua vida em perigo, disseram autoridades do governo nesta segunda-feira. Os gerentes dos hospitais temiam que a rescisão os colocasse em risco legal, ressaltando a confusão de restrições estaduais decretadas desde que a Suprema Corte derrubou as proteções federais para o acesso ao aborto em junho do ano passado.

“Felizmente, esta paciente sobreviveu. Mas ela nunca deveria ter passado pela terrível provação que experimentou em primeiro lugar”, disse o secretário de Saúde e Serviços Humanos (HHS), Xavier Becerra, em um comunicado anunciando uma investigação nos hospitais.

“Queremos que ela, e todos os pacientes como ela, saibam que faremos tudo o que pudermos para proteger suas vidas e saúde, e investigar e fazer cumprir a lei em toda a extensão de nossa autoridade legal, de acordo com as ordens dos tribunais”, concluiu.

Mylissa Farmer, de Joplin, Missouri, teve o aborto recusado pelo hospital de sua cidade natal e outros 240 quilômetros de distância, em Kansas City, depois que sua bolsa estourou quando ela estava grávida de 17 semanas, em agosto do ano passado.

Os médicos haviam estabelecido que sua gravidez não era mais viável e que ela corria o risco de uma infecção com risco de vida, mas determinaram que, como o feto tinha batimentos cardíacos, eles não poderiam realizar um aborto.

O National Women’s Law Center queixou-se ao Centers for Medicare and Medicaid Services (CMS), uma agência do HHS que pode investigar hospitais que se beneficiam de programas de seguro de saúde do governo.

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