Dólar já caiu quase 10% este ano. Entenda
Nas últimas semanas, o mercado local tem apresentado forte desempenho, com a Bolsa renovando máximas em 2023 e o dólar sendo negociado nas menores cotações em mais de um ano. Até a última sexta-feira, a moeda americana já havia recuado 9,59% frente ao real.
Nesta segunda-feira, volta a ser negociada em queda, sendo cotada por até R$ 4,7584 nas mínimas do dia.
Parte do mercado prevê cortes a partir de agosto, mesmo após o tom mais duro utilizado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em seu último comunicado.
A baixa de juros favorece os ativos de risco, como ações. Desde que o BC começou com o ciclo de aperto monetário, ainda em 2021, os fundos de ações sofreram com meses seguidos de resgate, uma vez que o investimento em renda fixa se tornou mais atraente.
A possibilidade de redução nas taxas decorre de leituras mais benignas sobre a inflação corrente nas últimas medições.
— Temos a perspectiva de cortes de juros, com as curvas futuras tendo uma baixa bem significativa, o que favorece o valuation (avaliação) das empresas. Além disso, temos uma situação macro mais positiva, uma inflação mais controlada e preço de Bolsa muitos deprimidos — afirmou o líder de renda variável da Manchester Investimentos, Marco Noernberg.
Além disso, a perspectiva é que o Federal Reserve, BC americano, se aproxime do fim do ciclo de altas de juros em julho, o que também é positivo para mercados emergentes de forma geral.
2- Visão interna mais positiva
Contribui para o movimento dos ativos, uma visão mais otimista sobre a economia local. Desde a divulgação do PIB do primeiro trimestre acima do esperado, diversas casas melhoraram suas projeções de crescimento, indicando que a esperada desaceleração da economia em linha com os juros elevados pode ser mais amena.