Corrida por transplante de fígado no Rio tem atraso por causa de tiroteio e via expressa fechada para órgão passar
A Linha Vermelha ficou fechada nos dois sentidos no começo da manhã desta terça-feira (1) para a passagem de um veículo da Secretaria Municipal de Saúde que transportava um fígado para transplante.
A paciente receptora do órgão está internada no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O fígado foi trazido do Espírito Santo, onde vivia o doador, e fez o percurso até o Rio de Janeiro de avião. Na doação de órgãos, o trajeto até a pessoa que vai receber o órgão precisa ser feito no menor tempo possível.
Atualmente, mais de 44 mil pessoas esperam por um transplante de órgão no Brasil.
O procedimento habitual é que a equipe médica leve o órgão de helicóptero, mas como a unidade de saúde não possui lugar para pouso, o fígado foi levado de carro. Ele chegou às 7h20 no destino.
Receptora vive na Baixada Fluminense
O doador é um homem de 55 anos que vivia em Vitória e teve morte encefálica.
A mulher que recebeu o órgão tem 69 anos e é moradora de uma comunidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Ela esperava por uma doação de fígado há 3 meses e quase não conseguiu chegar a tempo por causa de um tiroteio.
O órgão de regulação de transplantes entrou em contato com a família da receptora para que ela se encaminhasse, o mais rápido possível, para o hospital no Cosme Velho. Porém, o grupo não conseguia sair de casa por causa de uma troca de tiros na região onde vivem.
Caso perdesse a hora, ela perderia o lugar na fila para o segundo paciente compatível. A expectativa era de que ela chegasse ao Hospital Silvestre na noite de segunda (30). Porém, a receptora só chegou ao local às 6h desta terça.
Como ela chegou na hora, passou pelos procedimentos de transplante. A expectativa da equipe médica é de que a operação dure 5 horas.