Corpos de passageiros do avião de Prigojin tinham ‘fragmentos de granadas’, diz Putin

O presidente russo, Vladimir Putin, revelou, nesta quinta-feira, que fragmentos de dispositivos explosivos foram encontrados nos corpos das pessoas que morreram em um desastre aéreo em agosto, junto com o líder dos mercenários do grupo Wagner, Yevgeny Prigojin.

 

“O chefe da comissão de investigação me informou há alguns dias. Foram encontrados fragmentos de granadas de mão nos corpos das vítimas do desastre. Não há sinais de impacto externo no avião”, declarou Putin em um fórum internacional televisionado.

 

Prigojin morreu em 23 de agosto, quando o avião em que viajava com outros integrantes da cúpula do Wagner caiu na região de Tver, noroeste de Moscou, exatos dois meses depois de liderar uma rebelião fracassada contra o alto comando da Defesa russa.

Na ocasião da rebelião, em junho, o líder paramilitar afirmou que o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, havia ordenado um bombardeio contra posições do grupo na Ucrânia.

Após a rebelião fracassada do Wagner e antes da morte de Prigojin, o presidente russo reagiu publicamente dizendo que a ação dos paramilitares foi uma “punhalada pelas costas” e constituía uma “ameaça mortal” à Rússia. Ele também acusou diretamente Prigojin, que desempenhou um papel importante na ofensiva russa na Ucrânia, de “trair” o país por suas “ambições pessoais”.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais suspeitam que a sua morte foi a uma vingança do Kremlin, que rejeita essa hipótese.

As caixas pretas da aeronave foram rapidamente encontradas e Putin prometeu investigar a fundo a morte de seu antigo confidente.

Os combatentes do Wagner ocuparam o quartel-general do Exército no Sul da Rússia por várias horas e avançaram centenas de quilômetros em direção a Moscou. O motim terminou apenas 24 horas depois, com um acordo para que Prigojin fosse para a Bielorrússia, após o grupo descartar outras duas opções: a integração ao Exército regular ou regresso à vida civil.

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