Cinco PMs acusados de fraude processual no caso da morte de designer de interiores grávida prestam depoimento

Cinco policiais militares, acusados de fraude processual na operação resultou na morte da designer de interiores Kathlen Romeu, de 24 anos, ocorrida em junho de 2021, no Complexo do Lins, na Zona Norte do Rio, foram ouvidos na tarde de terça-feira pela Auditoria Militar do Rio. Na próxima segunda-feira, será a vez do interrogatório dos PMs Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, acusados de terem atirado em Kathlen, desta vez na 2ª Vara Criminal da Capital. A jovem estava grávida de quatro meses quando foi baleada.

No depoimento desta semana, o primeiro réu a falar foi o capitão Jeanderson Sodré. Ele afirmou que estava em patrulha de rotina no local quando percebeu dois colegas de farda acenando para a viatura onde estava. Ao chegar no local, foi informado sobre a moradora baleada e tratou de prestar socorro à vítima. O policial disse ainda que não foi possível preservar o local do crime devido a protestos dos moradores que se indignaram com a morte de Kathlen.

O cabo Rodrigo Frias, segundo a ser ouvido, disse que ele e mais dois colegas foram recebidos a tiros durante patrulha no local e que revidou os disparos. Ele teria, então, visto Kethlen caída no chão, no final de um beco. O grupo prestou socorro à mulher e o sargento Rafael Chaves, segundo Frias, teria recolhido sacolas com maconha, cocaína e crack, além de carregadores de pistola e de fuzil e munição que haviam sido abandonadas pelos criminosos.

Também presente no beco, o cabo Marcos Felipe Salviano, admitiu ter disparado quatro tiros de fuzil no local, enquanto o sargento Rafael Chaves afirmou ter deixado para trás parte das sacolas que haviam sido deixadas com material dos traficantes devido à necessidade de sair rapidamente do local diante da pressão exercida por moradores. O sargento negou ter retirado objetos do chão. O último a depor foi o cabo Cláudio da Silva Scanfela.

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