Casos de tuberculose aumentam no Rio: 86% se concentram em 16 cidades
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio divulgou nesta sexta-feira (24), Dia Mundial da Luta contra a Tuberculose, que o estado registra 86% dos casos da doença concentrados em 16 dos 92 municípios. Os dados mostram, ainda, que em 2021 foram contabilizados 16.099 mil casos e 867 óbitos.
De acordo com a SES, o número de casos vinha crescendo desde 2017. Houve uma interrupção em 2020 em virtude da pandemia, voltando a subir, até mais expressivamente, em 2021.
Confira algumas das cidades com maior número de novos casos:
Belford Roxo; 305
Campos dos Goytacazes; 333
Duque de Caxias;650
Itaboraí; 118
Itaguaí:55
Japeri; 223
Magé; 202
Mesquita; 172
Nilópolis: 106
Niterói; 235
Nova Iguaçu; 628
Queimados: 82
Rio de Janeiro; 6981
São Gonçalo; 597
São João de Meriti: 363
De acordo com o subsecretário estadual de Vigilância e Atenção Primária à Saúde, Mario Sergio Ribeiro, o Rio é o segundo estado com a maior taxa de incidência no Brasil. E também apresenta alta taxa de interrupção do tratamento, favorecendo o desenvolvimento de resistência às drogas, que por sua vez contribui para um cenário de persistência da transmissão.
O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse na forma seca ou produtiva. Por isso, recomenda-se que todo sintomático respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas ou mais, seja investigado para tuberculose. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como:
Febre vespertina
Sudorese noturna
Emagrecimento
Cansaço/fadiga
Como é transmitida?
A tuberculose é uma doença de transmissão aérea e se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea), que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos.
Vacinação com BCG
A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS), protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea. A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades básicas de saúde e maternidades.
Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até os quatro anos, 11 meses e 29 dias.