Após posse de Lula, bolsonaristas desmontam acampamento e abandonam porta de quartel em Juiz de Fora

Após a posse de Luís Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República do Brasil, os bolsonaristas que se concentravam na frente do quartel do Exército em Juiz de Fora desmontaram o acampamento e foram embora após mais de 60 dias de mobilização.

O grupo se concentrava em frente à Companhia de Comando da 4ª Brigada Infantaria Leve, na Rua Mariano Procópio, desde o resultado das Eleições 2022. Na manhã desta segunda-feira (2), as barracas foram desmontadas, banheiro químico retirado e materiais descartados.

Na última sexta-feira (30), o g1 mostrou que um grupo de manifestantes permanecia no local mesmo após o então presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcar em um voo do Brasil para os Estados Unidos.

Frente do quartel na sexta-feira (30)

Manifestantes seguem acampados em frente ao quartel em Juiz de Fora  — Foto: Fellype Alberto/g1

Manifestantes seguem acampados em frente ao quartel em Juiz de Fora — Foto: Fellype Alberto/g1

Frente do quartel nesta segunda-feira (2)

Rua e calçada foram liberadas em frente ao Exército após mais de 60 dias em Juiz de Fora — Foto: Fellype Alberto/g1

Rua e calçada foram liberadas em frente ao Exército após mais de 60 dias em Juiz de Fora — Foto: Fellype Alberto/g1

Além de Juiz de Fora, os acampamentos de apoiadores também ocorrem em frente a quartéis-generais do Exército de diversas outras cidades do país. Os acampamentos faziam pedidos inconstitucionais, como intervenção militar e reversão do resultado das eleições.

Mobilização

Ato de caráter golpista em frente ao Batalhão do Exército em Juiz de Fora - imagem de arquivo — Foto: Fellype Alberto/g1

Ato de caráter golpista em frente ao Batalhão do Exército em Juiz de Fora – imagem de arquivo — Foto: Fellype Alberto/g1

Ao longo dos mais de 60 dias de mobilização em frente ao quartel em Juiz de Fora, em alguns dias a Rua Mariano Procópio chegou a ser totalmente fechada devido ao grande número de manifestantes. O movimento, no entanto, vem perdendo força e reunindo uma quantidade cada vez menor de pessoas.

A manifestação realizada no feriado da Proclamação da República do Brasil, por exemplo, contou com o fechamento total da rua.

Os bolsonaristas declararam não aceitar o resultado das urnas – que registraram o desejo da maioria dos brasileiros e não tiveram caso de fraude detectadainclusive pelas Forças Armadas. Durante o ato, o grupo gritou repetidas vezes “S.O.S. Forças Armadas” ao pedir a intervenção.

Os manifestantes defenderam abertamente um golpe – por meio de intervenção militar no governo, uma afronta à Constituição do Brasil e à democracia.

Os bolsonaristas seguem concentrados em frente ao batalhão desde o fim da eleição com escala de revezamento e em pequeno número. Nos atos registrados nos feriados, no entanto, houve maior número de participantes e, por isso, interdição total da Rua Mariano Procópio.

Durante todo o período e, principalmente nos dias de maior concentração, foram flagradas diversas ações de descumprimento de leis, com a ocupação irregular das calçadas e estacionamento em diversos locais proibidos, como na frente de garagens e outros locais com sinalização indicativa.

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