Após novos protocolos, carnaval termina sem incidentes na dispersão, diz Liesa
Apesar das alegorias gigantescas nos desfiles deste ano, o carnaval do Rio terminou sem incidentes tanto no transporte dos carros dos barracões para a Sapucaí quanto na dispersão, informou a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa). Segundo a entidade, os novos protocolos de segurança implantados contribuíram para o resultado, depois de, em 2022, a menina Raquel Antunes da Silva, de 12 anos, ter morrido imprensada por uma alegoria da Em Cima da Hora (escola da Série Ouro) na saída da Apoteose, na Rua Frei Caneca. Desta vez, foi aumentado o controle de acesso à região, e a operação foi acompanhada por representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público do Rio (MPRJ).
Como mostrou o Extra ao longo das apresentações no Sambódromo, logo no início dos desfiles do Grupo Especial, no domingo de carnaval, uma equipe liderada pela juíza Lysia Mesquita , da 1ª Vara de Infância e Adolescência da Capital, já percorria a Frei Caneca, para assegurar que a via destinada aos carros alegóricos não seria tomada por pedestres e crianças. O grupo era formado ainda por policiais militares, líderes comunitários e representantes do conselho tutelar.
A folia sem incidentes, afirmou a Liesa em nota, se deu, em grande parte, “aos estudos de segurança da Passarela do Samba, englobando a revisão da circulação nas vias do entorno da Sapucaí”. A Liga lembrou também que, no plano de contingenciamento montado para este ano, as escolas tiveram mais tempo para retirarem os carros alegóricos depois do desfile, a saída da Apoteose foi cercada com grades, a iluminação da região foi reforçada e as interdições no trânsito no entorno do Sambódromo foram estendidas.
Diante disso, o presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, afirmou que, nos sete postos médicos distribuídos pela Sapucaí, ocorreram 2.321 atendimentos e 130 remoções, mas “nenhum deles com qualquer relação a acidentes em carros alegóricos”.
— Agradeço à Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop), à Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) e aos operadores da CET-Rio, que colaboraram em toda a operação de fiscalização e trânsito, além da Comlurb, pela limpeza, ao Corpo de Bombeiros, pela prevenção e prontidão e à Rioluz, que não só modernizou toda a iluminação do Sambódromo como manteve colaboradores de plantão nos dias de desfile para o atendimento — disse Perlingeiro.