4 de novembro de 2025
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Articulador do tráfico no Norte do país está entre mortos na Operação Contenção

Cleiton Souza da Silva, de 31 anos, era da Família do Norte, mas migrou para o Comando Vermelho

Um dos principais articuladores do tráfico de drogas no Norte do país está entre os criminosos mortos na Operação Contenção. O nome de Cleiton Souza da Silva, de 31 anos, consta na lista que identificou os suspeitos e a Polícia Civil divulgou, nesta terça-feira (4), informações sobre o perfil dele. A ação nos complexos do Alemão e da Penha, Zona Norte, que terminou em 121 mortes e foi a mais letal da história do Brasil, ocorreu há uma semana.
De acordo com a Polícia Civil, originalmente, Cleiton integrava a facção Família do Norte (FDN), mas migrou para o Comando Vermelho, contribuindo para a reconfiguração das rotas do tráfico de drogas no país. A aliança passou a controlar importantes áreas de fronteira, como as regiões entre o Brasil, Peru e a Colômbia, por onde grandes carregamentos de drogas entram no território nacional.
Ainda segundo as investigações, o traficante era considerado um dos responsáveis por fortalecer a presença nacional da facção. Contra Cleiton, já havia histórico criminal por associação criminosa e extorsão mediante sequestro e, contra ele, havia um mandado de prisão em aberto. Além dele, outros oito bandidos do Amazonas já foram identificados entre os mortos.
A lista divulgada aponta que 62 criminosos mortos eram de outros estados. A identificação foi feita pela equipe de peritos da pela Polícia Civil e as circunstâncias são investigadas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). A instituição ainda atua para identificar demais integrantes Comando Vermelho e suas conexões interestaduais e internacionais.
Operação mais letal da história
Dos 121 mortos na megaoperação, que mobilizou mais de 2,5 mil agentes contra o Comando Vermelho, quatro eram policiais, – dois militares e dois civis – e 117 foram anunciados como suspeitos pela Polícia Civil. A ação já havia se tornado a mais letal do estado e, com o número de mortos atualizado, virou a maior da história do Brasil.
Segundo o balanço das forças de segurança, 58 pessoas morreram na terça-feira (28) e na quarta-feira (29), 63 corpos foram encontrados em uma área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde aconteceram os principais confrontos entre as forças de segurança e traficantes. Moradores levaram todos os cadáveres até a Praça São Lucas, no Complexo da Penha.
Além dos mortos, o delegado assistente da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) Bernardo Leal Annes Dias ficou ferido e precisou ter uma das pernas amputada. Ele permanece internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, na Zona Sudoeste, e precisa de doações de sangue. Outros nove policiais militares ficaram feridos na megaoperação e, segundo a Polícia Militar, quatro seguem se recuperando no Hospital Central da corporação, no Estácio, Região Central.

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