Ucrânia recebe mais 1.550 veículos blindados e 230 tanques da Otan e aliados
Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e seus aliados entregaram à Ucrânia mais 230 tanques e 1.550 veículos blindados, anunciou o secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg. As entregas continham também “outros equipamentos incluindo enormes quantidades de munições”, além do treinamento de “outras novas brigadas blindadas”.
De acordo com Stoltenberg, o volume de entregas segue para a Ucrânia “em uma tentativa muito forte para seguir recuperando território”. A leva representa “mais de 98% dos veículos de combate prometidos” ao Exército ucraniano.
— Nossa mensagem é clara: a Otan estará com a Ucrânia pelo tempo que for necessário. Devemos manter o rumo e seguir fornecendo a Ucrânia com o que preciso para vencer — afirmou Stoltenberg em entrevista com jornalistas junto ao primeiro ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel.
Stoltenberg concordou que durante a cúpula que a Otan realizará em julho, na Lituânia, a aliança se propõe a ampliar seu apoio à Ucrânia com um “plano plurianual de suporte”. Ao mesmo tempo, indicou que os aliados vão discutir formas de distribuir a responsabilidade da manutenção deste apoio à guerra, “porque num mundo mais perigoso temos de investir mais e melhor na nossa defesa”.
Durante a coletiva, o representante da Otan citou ainda a conversa telefônica realizada na véspera entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, e o líder chinês Xi Jimping, na qual os dois discutiram uma possível solução negociada para o conflito.
— Talvez esta guerra termine na mesa de negociações — disse ele. — Mas é a Ucrânia quem decide quais são as condições para a realização de negociações de paz e que formato devem ter esses contatos. A iniciativa do governo chinês em avançar nas negociações de paz não muda o fato de que a China não condenou a invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia.
Para ele, “qualquer chance” de negociação de paz significativa exige que a Ucrânia tenha o poderio militar para sinalizar ao governo russo “que não vencerá no campo de batalha”.