Tubarão, miliciano rival de Zinho, é morto em ação da polícia na Baixada Fluminense
O miliciano Tauã de Oliveira Francisco, de 25 anos, conhecido como Tubarão, rival da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, foi baleado e morreu na manhã desta terça-feira (6) durante uma operação da Polícia Civil em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O homem chegou a ser levado para o Hospital da Posse. No entanto, segundo a direção da unidade de saúde, o suspeito já chegou morto no local.
O confronto aconteceu durante uma ação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Secretaria de Inteligência (SSinte) para tentar prender o criminoso.
Tubarão, segundo as investigações, era chefe de um grupo paramilitar que atua em Seropédica e parte de Nova Iguaçu. Zinho, está preso desde dezembro, quando se entregou à Polícia Federal.
Ele era integrante da milícia Zinho, até dezembro de 2022. Em janeiro de 2023, ele foi até o KM 32 da antiga Estrada Rio-São Paulo, dominada pela milícia de Zinho, e tomou parte do território em Nova Iguaçu. Milicianos rivais foram mortos pela quadrilha de Tubarão.
A partir daí, segundo a polícia, aumentaram os confrontos na região entre as milícias de Zinho e Tubarão, que contou com a ajuda de traficantes do Terceiro Comando Puro (TCP) em alguns embates contra o antigo chefe.
Nesta segunda (5), três suspeitos de integrar a milícia do Tubarão foram presos depois de uma troca de tiros com agentes da 27ªDP (Vicente de Carvalho) em Seropédica. Outras duas pessoas foram conduzidas para a delegacia para prestar depoimento e depois foram liberadas.
Dois policiais civis foram atingidos por estilhaços durante o confronto. Um fuzil, duas pistolas, carregadores e munições, além de roupas camufladas.
Quem era Tubarão
Em 2022, Tubarão foi autuado dentro de um carro roubado no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste. Na casa de Tauã, foi encontrado fardamento militar.
A ação foi efetuada por policiais da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar Especializada na Investigação de Narcomilícia e Crimes Complexos , ligada à Corregedoria da Polícia Militar. Os agentes levaram Tauã para a 42ª DP (Recreio) e, posteriormente, para a 16ª DP (Barra da Tijuca).
No entanto, os policiais não fizeram o auto de prisão em flagrante, porque não conseguiram determinar se o veículo, um Hyundai Creta branca, era de fato roubado.
O veículo foi levado para ser periciado na Delegacia de Repressão a Furtos de Automóveis (DRFA) e Tauã foi liberado.
Tauã também era investigado por envolvimento em ataques a motoristas de van em Campo Grande. A Polícia Civil também investiga a informação de que, em abril de 2023, ele exigiu que todos os carros andassem com vidros abaixados na região.
Nos áudios investigados, atribuídos a Tubarão, ele diz que a pena seria de “levar bala” se a ordem não fosse cumprida.