12 de maio de 2025

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Tremores do terremoto na Turquia foram sentidos na Groenlândia

Os tremores do potente terremoto de magnitude 7,8 que devastou o sul da Turquia e o norte da Síria nesta segunda-feira, deixando mais de 1,4 mil mortos, foram sentidos até na Groenlândia — anunciou o Instituto Geológico dinamarquês.

Os tremores do potente terremoto de magnitude 7,8 que devastou o sul da Turquia e o norte da Síria nesta segunda-feira, deixando mais de 1,4 mil mortos, foram sentidos até na Groenlândia — anunciou o Instituto Geológico dinamarquês.

“Os fortes tremores de terra na Turquia foram claramente registrados pelos sismógrafos na Dinamarca e na Groenlândia”, disse a sismóloga Tine Larsen à AFP.

Na Turquia, onde foi registrado o epicentro, pelo menos 912 pessoas morreram e quase 5,4 mil ficaram feridas, segundo o último balanço divulgado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan. Cerca de 2.818 prédios desabaram com o tremor, o que sugere um equilíbrio muito mais sério.

Na vizinha Síria, o tremor provocou pelo menos 560 mortos: a agência oficial SANA, que cita o Ministério da Saúde, deu conta de pelo menos 339 mortos e 1.089 feridos em zonas controladas pelo governo deste país em guerra. Os Capacetes Brancos, que operam nas áreas controladas pelos rebeldes na Síria, disseram que houve pelo menos 221 mortos e 419 feridos nesses setores.

O tremor foi sentido às 4h17 (22h17 no horário de Brasília) e ocorreu a uma profundidade de 17,9 quilômetros, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O epicentro foi localizado no distrito de Pazarcik, na província de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, a cerca de 60 quilômetros da fronteira com a Síria.

Um novo terremoto de magnitude 7,5 atingiu a área às 13h24 (7h24), quatro quilômetros a sudeste da cidade de Ekinozu, segundo o USGS. Também houve cerca de cinquenta tremores secundários, de acordo com Ancara.

É muito provável que o saldo piore rapidamente, levando em conta o número de prédios desabados nas cidades mais afetadas, como Adana, Gaziantep, Sanliurfa e Diayarbakir, no sudeste da Turquia.

Devido ao horário do terremoto, de madrugada, a maioria das pessoas estava dormindo em casa.

— Minha irmã e seus três filhos estão sob os escombros. Também seu marido, seu sogro e sua sogra. Sete membros de nossa família estão sob os escombros — disse à AFP Muhittin Orakci enquanto observava operações de resgate em frente a um prédio em ruínas em Diyarbakir.

Aeroportos bloqueados

Por questões de segurança, o gás foi cortado em toda a área, devido a tremores secundários e temores de explosões.

O Curdistão iraquiano informou que suspenderá as exportações de petróleo bruto através da Turquia como precaução.

Este terremoto é o mais importante na Turquia desde o terremoto de 17 de agosto de 1999, que causou 17 mil mortes, mil delas em Istambul.

Segundo o vice-presidente turco Fuat Oktay, pelo menos três dos aeroportos da área afetada, Hatay, Maras e Gaziantep, foram fechados ao tráfego.

A neve e as tempestades que atingiram a região impediram o tráfego em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir, segundo a AFP.

— Ouvimos vozes aqui e ali. Achamos que talvez 200 pessoas estejam nos escombros — disse uma equipe de resgate em Diyarbakir, de acordo com uma transmissão da NTV.

Algumas imagens na televisão turca e nas redes sociais mostraram pessoas assustadas de pijama vagando pela neve enquanto observavam equipes de resgate vasculhando os escombros de suas casas.

Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país.

A mídia pró-governo informou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços.

Raed Ahmed, chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, disse à rádio oficial que este foi “historicamente o maior terremoto já registrado”.

O tremor desencadeou cenas de pânico. Muitos moradores saíram às ruas, apesar da chuva torrencial.

Os Capacetes Brancos qualificaram a situação de “catastrófica” e pediram às organizações humanitárias internacionais que “interviessem rapidamente” para ajudar a população local.

Ajuda internacional

O presidente turco, cuja forma de lidar com essa tragédia pesará muito nas disputadas eleições de 14 de maio, pediu unidade nacional.

“Esperamos sair desta catástrofe juntos o mais rápido possível e com o menor dano possível”, tuitou.

A União Europeia (UE) e muitos de seus países membros anunciaram o envio de equipes de socorro e resgate.

O mesmo fizeram os Estados Unidos, Israel, Índia e Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, transmitiu suas condolências aos líderes turco e sírio e se ofereceu para “fornecer a ajuda necessária” da Rússia após esta tragédia.

O Azerbaijão, país próximo da Turquia, anunciou o envio imediato de 370 socorristas, segundo a agência oficial de notícias turca.

A Turquia está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo.

Especialistas há muito alertam que um grande terremoto poderia devastar Istambul, que permitiu a construção generalizada sem precauções.

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig em janeiro de 2020, matando mais de 40 pessoas.

E em outubro desse mesmo ano, outro de magnitude 7,0 sacudiu o Mar Egeu, causando 114 mortos e mais de 1 mil feridos.

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