Transbrasil só deve operar plenamente no fim de 2023
Depois de oito anos de obras com idas e vindas, além de muito transtorno para quem passa pela Avenida Brasil, a prefeitura promete colocar em funcionamento pleno do BRT Transbrasil no fim do ano, quando o Terminal Interligado Gentileza (TIG) ficará pronto. Mas , ainda até o meio do ano o corredor deve começar seu funcionamento para testes. O Transbrasil vai funcionar fora do horário de pico num esquema chamado de operação assistida, com 35 articulados, parando em apenas sete estações — Baixa do Sapateiro, Hospital de Bonsucesso, Fiocruz, Benfica, Vasco da Gama, Caju e Into. Os veículos vão circular das 10h às 15h, saindo dos terminais Aroldo Melodia, no Fundão, e da Penha, em direção ao TIG, que ainda está sendo construído onde ficava o antigo Gasômetro.
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— A gente vai ativando aos poucos outros serviços e, no fim do ano, quando o TIG estiver pronto, vamos ter a plena utilização da Transbrasil — explicou a secretária municipal de Transportes, Maína Celidônio.
Integração até o fim do ano
De acordo com a secretária, o serviço será feito pelos articulados que estão sendo comprados pela prefeitura. Já foram adquiridos 190 novos veículos, dos quais 110 foram entregues ontem para circular no Transcarioca. Na Avenida Brasil, eles vão usar a pista segregada, reduzindo o tempo das viagens. Nessa etapa de testes não haverá mudança na circulação dos veículos das linhas comuns que trafegam pela via. Também não haverá integração com o VLT.
— Vamos permitir que os ônibus intermunicipais entrem na faixa exclusiva, mas não vão poder parar nas estações, até porque o embarque é do lado oposto. Mas mesmo esses usuários vão sentir o benefício do uso da calha nesse primeiro momento de teste — acrescentou a secretária.
Segundo Maína, ainda não há uma estimativa do número de passageiros que serão transportados nesta fase. O prefeito Eduardo Paes informou, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, que as obras do TIG vão estar prontas até o fim do ano, permitindo a integração do BRT com o VLT.
Ao todo, quando ficar pronto, o corredor terá 26 quilômetros de via, interligando Deodoro com a Rodoviária Novo Rio, e deverá transportar 130 mil passageiros por dia. Desses, pelo menos 60 mil deverão continuar a viagem de VLT. Estão sendo construídos 18 estações e quatro terminais (Deodoro, Margaridas, Missões e o Intermodal Gentileza). O projeto prevê ainda a conclusão de 21 passarelas definitivas, além do alargamento dos viadutos sobre a Estrada João Paulo, em Barros Filho, o metrô de Coelho Neto e a linha férrea em Guadalupe.
Sobre a demora na conclusão das obras do Transbrasil, Paes reconheceu o atraso. A obra sofreu várias paralisações, sendo a última no fim de 2020, e só foi foi retomada em agosto do ano seguinte, já na atual gestão.
— Era uma obra de uns três ou quatro anos, que num pior cenário teria de terminar em 2019. Então, está de fato quatro anos atrasada — disse o prefeito.
Apelo contra vandalismo
Ontem, no aniversário da cidade, a prefeitura entregou 110 novos ônibus para o BRT Transcarioca. Os veículos amarelos substituem 74 antigos, de cor azul, que vão rodar no BRT Transoeste para reduzir os atuais intervalos.
— É bom ver os ônibus novinhos circulando, mas a gente faz um apelo para que as pessoas cuidem deles. Não adianta daqui a pouco estarem depredados — disse Paes.
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