Superintendente de escola nos EUA onde aluno de 6 anos atirou em professora é demitido
O superintendente de uma escola no estado americano da Virgínia foi demitido após um aluno de 6 anos atirar numa professora no dia 6. Abigail Zwerner, de 25 anos, foi baleada no peito em sua sala de aula. Ela recebeu alta na última semana e, nesta quarta-feira, anunciou por meio de sua advogada que planeja processar o distrito escolar. Algumas horas depois da declaração, o conselho decidiu, por uma votação de 5 a 1, demitir George Parker.
As autoridades locais anunciaram a decisão de demitir o superintendente do distrito escolar “com base na trajetória futura e nas necessidades de nossa divisão escolar”.
O conselho escolar enfatizou que a “decisão foi tomada sem motivo, já que o Dr. Parker é um líder capaz” e agradeceu por seus serviços.
O caso abalou a cidade de Newport News e levantou questões sobre quais consequências legais podem ocorrer e para quem. As autoridades descreveram o tiro como “intencional”. Devido à sua idade, é improvável que a criança seja acusada. No entanto, seus pais podem enfrentar acusações por permitir que o menino tivesse acesso a uma arma.
A lei da Virgínia proíbe qualquer pessoa de deixar de forma imprudente uma arma de fogo carregada e desprotegida de forma que possa colocar em risco uma criança com menos de 14 anos de idade.
O menino teria encontrado a arma da mãe em um armário. Os pais dele emitiram um comunicado na semana passada elogiando Zwerner e dizendo que a arma encontrava-se em um local seguro. Eles disseram que o menino sofre de “uma deficiência aguda” e estava sob um plano especial de assistência escolar que geralmente envolvia um membro da família acompanhando-o à escola e às aulas.
“A semana do disparo foi a primeira semana em que não estávamos na aula com ele”, afirmaram.
Segundo a advogada Diane Toscano, as autoridades escolares ignoraram vários alertas sobre a ameaça de arma de fogo daquele estudante.
Toscano afirmou que os administradores da Escola Primária Richneck foram avisados três vezes em 6 de janeiro por sua cliente e outros professores de que o menino poderia ter uma arma e estava ameaçando outras pessoas.
Naquela manhã, Abigail disse aos administradores da escola que o menino, que não foi identificado, havia ameaçado bater em outra criança.
— Mas a administração da escola não se importou — declarou Toscano.
Uma hora depois, outra professora relatou aos administradores que o menino aparentemente tinha levado uma arma para a escola, que poderia estar em seu bolso.
Em seguida, um terceiro professor relatou que outro aluno, chorando, disse que tinha visto a arma e havia sido ameaçado com ela.
Ainda assim, nenhuma ação foi tomada e um funcionário da escola teve a permissão para revistar o menino negada. Um administrador disse que o menino “tinha bolsos pequenos” e o problema poderia ser ignorado até o fim do dia escolar.
— Quase uma hora depois, Zwerner foi baleada na frente dessas crianças horrorizadas — relatou Toscano. — Esta tragédia poderia ser totalmente evitada se os administradores escolares responsáveis pela segurança escolar tivessem feito o que tinham que fazer e agido quando cientes do perigo iminente.
Abigail agora está se recuperando em casa, mas precisará passar por novas cirurgias.